Crítica: Tupi Or Not Tupi (dir. Coletiva)

Texto: Roseane Monteiro  Revisão: Janderson Felipe

O curta-metragem em animação Tupi Or Not Tupi, elaborado a partir da técnica Stop Motion, abriu a VIII Mostra Sururu de Cinema Alagoano, com uma proposta de retratar um episódio da História do Brasil. Com simplicidade na sua construção narrativa, visualizamos os movimentos bruscos da maré e nos deparamos em meio a uma tempestade violenta, com um peixe vestido com as cores e com a cruz da Ordem de Cristo em uma lata de sardinha, a sua nau, naufragando na costa alagoana.

De maneira satírica, o filme nos remete ao naufrágio e morte de Dom Pero Sardinha, conhecido como o primeiro Bispo do Brasil, que através de um ritual antropofágico dos índios Caetés foi devorado. Os diretores utilizam cartelas como meio de situar didaticamente os acontecimentos que levaram a dizimar os Caetés. Apesar de ter um tempo relativamente curto, o filme representa o preço pago através do genocídio indígena em prol dos ideais de “civilização” europeia. Tupi Or Not Tupi é um filme que não tem medo de ser didático.

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