12ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano (2021)

A décima segunda edição da Mostra Sururu de Cinema Alagoano foi realizada entre os dias 9 a 18 de dezembro de 2021, em formato híbrido. Foram realizadas sessões ao ar livre nos bairros: Osman Loureiro, Benedito Bentes e Jacintinho, e os filmes também ficaram disponíveis para visualização on-line entre 13 e 31 de dezembro.

Os debates aconteceram nos dias 15, 16 e 17/12,em formato online, a partir de cada uma das sessões: “Fendas, Corpos e Territórios”, “Sentir” e “Tempos Urgentes”, e estão disponibilizados no canal do YouTube da Mostra.

Durante os dias 09/12 e 10/12 ocorreram as rodadas de negócios da Jornada do Audiovisual, promovida pelo Sebrae em formato online. O Sebrae Lab recebeu entre os dias 13 e 18 de dezembro o Laboratório de Crítica Cinematográfica ministrado por membros do Mirante Cineclube; de 13 a 15 de dezembro a oficina “Do teste à Cena: Os caminhos da atuação”, com a instrutora Ticiane Simões; e de 14 a 16 de dezembro a oficina de trilha sonora “A Trilha e os Seus Caminhos”, com Dinho Zampier.

No último dia, sábado, 18 de dezembro,  foi realizada a reunião do Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano – FSAL. Também foi realizado online através do canal do YouTube, o encerramento, que contou com o anúncio dos filmes premiados, seguida da Homenagem, a Elinaldo Barros, Pedro da Rocha e ao centenário do cinema alagoano.

Carta da curadoria: “Na condição de curadores da 12ª edição da mostra, optamos por selecionar para compor as três sessões do evento uma amostra de curtas que pudesse representar o amadurecimento e a diversidade de olhares do nosso Cinema. E essa diversidade perpassa a técnica, o gênero, a etnia e os territórios. Indicamos esse conjunto de obras à medida que enfatizamos nossa admiração pela Mostra Sururu e nosso desejo de que essa janela possa exibir cada vez mais produções, abraçar cada vez mais o cinema independente e periférico e seguir ultrapassando fronteiras para ocupar todo o território alagoano.”

A 12ª da Mostra Sururu de Cinema Alagoana foi realizada através do Prêmio Elinaldo Barros da Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (SECULT/AL), via Lei Aldir Blanc, tem como realizador o Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano (FSAL), contou com produção da Sambacaitá Produções e patrocínio do SEBRAE  Alagoas.

SELECIONADOS

A arte se chama Dimas Bezerra, 2021, Documentário, 16’, Johnatha Oliveira, Maceió
A gente foi feliz aqui, 2021, Documentário, 15’, Renata Baracho e Paulo Accioly, Maceió
As histórias que não tive memória pra esquecer, 2021, Ficção, 29’, Elizabeth Caldas, Maceió
A última saída: o fim da Gruta do Padre, 2021, Documentário, 30’, Elias Melo Costa, Maceió
Do circo a lona, 2021, Documentário, 15’, Claudkelves Alves, Maceió
Entre rimas e improvisos: As batalhas de rap em Alagoas, 2021, Documentário, 18’, Delanisson Araújo, Maceió e Marechal Deodoro
Erêkauã, 2021, Híbrido, 1’, Paulo Accioly, Maceió
Inanna, 2021, Experimental, 5’, Direção Coletiva, Maceió
Namorador, 2020, Híbrido, 07’11”, Allexandrea, Maceió
Não existe almoço grátis, 2021, Ficção, 18’19”, Rivis, Maceió
Nazo dia e noite Maria, 2021, Documentário, 17’38”, Andréa Paiva, Penedo
Olhares de Abobreira, 2021, Documentário, 18’24”, Robson Cavalcante, Teotônio Vilela
O lugar que somos, 2021, Documentário, 7’19”, Laryssa Andrade, Maceió
Relato número um, 2020, Documentário, 08’06”, Elizabeth Caldas, Maceió
Rua Humberto Lopes – A rachadura de uma comunidade, 2021, Documentário, 7’39”, Mark Nascimento, Flexeiras
Sereia, 2021, Ficção, 12’05”, Ronald Silva, Maceió
Vaudeville, 2020, Ficção, 24’, Élcio Verçosa Filho, Penedo

VIDEOCLIPES

Água na Boca, Carlos Lins & Maju Shani, 2020
Calçadão, Caio Praças, 2020
De cor, Vitor Pirralho, 2021
Faixa de Gaza, TTXD, 2021
Má, Huna, 2021
Na minha Jangada, Tequilla Bomb, 2019
Revolução dos Cria, Sanambys, 2020
Oya ê, Naná Martins, Dinho Zampier, Carlinhos Palmeira, Jucelia Gomez, Tonny Santana, 2021
Presença, Andréa Laís, 2021
Saturno, Flora, 2021
Tribus, Time da quebra, 2021
Vida Difícil, Rxnd, 2021


CURADORIA

Amanda Duarte, Felipe Guimarães e Roseane Monteiro.


JÚRI OFICIAL

MAWUSI TULANI
Mawusi Tulani é atriz, formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo. Graduando em licenciatura em Teatro pela Faculdade Paulista de Artes. Lecionou como Artista Docente da SP Escola de Teatro. Atuou no Coletivo Legítima Defesa. Atriz colaboradora do Teatro da Vertigem. Atuou como atriz no Grupo Os Crespos, com o qual realizou os trabalhos Ensaio Sobre Carolina- dir: José Fernando Peixoto, e o projeto de intervenções urbanas “A Construção da Imagem e a Imagem Construída”. Atuou em espetáculos como Antes do Café- direção de Celso Frateschi, e Macbeth – Como Nasce um Deserto, com direção de Ederson José. Atuou em Cartas de Despejo, com direção de Roberto Áudio e Bom Retiro – 958 Metros- direção de Antônio Araújo. Atuou também no curta “Darluz” e no média metragem “Piscina”,ambos de Leandro Goddinho, baseado em conto de Marcelino Freire, na série Axogum de Edu Kishimoto e Manuel Moruzzi, no longa metragem “Todos os Mortos” de Caetano Gotardo e Marco Dutra e longa metragem “Hebe- A Estrela do Brasil” dirigido por Maurício Farias. Em 2020 atuou nos longas-metragens ainda inéditos “Tinnitus” de Gregorio Graziosi e “A Mãe” de Cristiano Burlan ao lado da atriz Marcélia Cartaxo. Faz parte do elenco do longa-metragem “Cordialmente Teus” de Aimar Labaki, em processo de produção. Atualmente está dirigindo o espetáculo teatral do Coletivo Okan, finalizando o processo do espetáculo híbrido 14 de Maio (cinema e teatro) dirigido por Sidney Santiago e texto de Allan da Rosa.

LUCIANA DAMASCENO
Roteirista, atriz, coreógrafa, professora e curadora, formada pelo Palácio das Artes/BH. Fundadora e sócia da Cardume, streaming que visa fomentar e difundir o mercado para curtas-metragens brasileiros. Curadora e mediadora no programa Sessão de Cinema Online com Debate da Cardume. É curadora do Prêmio Cabíria desde 2019. Roteirizou e dirigiu de mais de 20 espetáculos encenados em Minas Gerais e tem trabalhos coreográficos premiados em grandes festivais do Brasil e da Europa. Cofundadora do grupo de estudos para roteiro de audiovisual “Filme Pingado”, da Trama cia. de Dança e da produtora Fuskazul Filmes.

MAÍRA EZEQUIEL
É alagoana, doutoranda em Cinema pela Universidade Federal Fluminense – UFF, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Participou do júri dos festivais sergipanos Curta-SE, Sercine e do FestCine Itabaiana. Foi gestora do Nucleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPD-SE) e da Aperipe TV (Emissora de Televisão Educativa do Estado de Sergipe), entre os anos de 2007 e 2009, em Aracaju. É uma das curadoras da Mostra ‘Elas por trás das cameras'(Projeto de extensao entre UFS e Cinevitoria) junto com a profa Daniele de Noronha, com quem organizou o livro ‘Mulheres nas telas e atrás das cameras’, lançado em 2020, pelo Cabíria Festival e Prêmio de Roteiro em parceria com a editora LATC. É professora efetiva do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Sergipe e pesquisa sobre protagonismo feminino em narrativas seriadas.


PREMIAÇÃO

VIDEOCLIPES – JÚRI POPULAR
PREMIADO: CALÇADÃO – Caio Praças

JÚRI POPULAR
PREMIADO: ERÊKAUÃ DE PAULO ACIOLLY

OLHAR CRÍTICO
PREMIADO: NAZO DIA E NOITE MARIA DE ANDRÉA PAIVA

Carta:
Por unanimidade, escolhemos uma obra cujo fio condutor é a representatividade. Idealizado e dirigido por uma mulher, numa produção independente, o filme escolhido é um grito necessário. Nesse sentido, fazemos coro com esse grito que humaniza a experiência de corpos dissidentes, valorizando as diversas formas de existência em prol da possibilidade de poder ser Maria de noite e de dia. Pela forma como a narrativa remonta a realidade de muitas bixas afeminadas do interior alagoano, nós escolhemos abrir os olhos e os braços para o filme Nazo dia e noite Maria. E Quem não quiser ver? Que fure os olhos!

MENÇÃO HONROSA
OLHARES DE ABOBREIRA DE ROBSON CAVALCANTE

MENÇÃO HONROSA
ENTRE RIMAS E IMPROVISOS: AS BATALHAS DE RAP EM ALAGOAS DE DELANISSON ARAÚJO

PERFORMANCE
RELATO NÚMERO UM DE ELIZABETH CALDAS

CONTRIBUIÇÃO ARTÍSTICA
ERÊKAUÃ DE PAULO ACIOLLY

CONTRIBUIÇÃO POLÍTICA
NAZO DIA E NOITE MARIA DE ANDRÉA PAIVA

MELHOR FILME
A GENTE FOI FELIZ AQUI DE RENATA BARACHO E PAULO ACIOLLY

PRÊMIO CARDUME
ERÊKAUÃ, A GENTE FOI FELIZ AQUI E INANNA