Texto: Assessoria de imprensa do Brlab. Imagens: Divulgação.
Onze projetos alagoanos participam do workshop para selecionados. Palestras gratuitas estão com inscrições abertas para o público interessado em participar.
O BrLab Arapiraca deu início às suas atividades na última segunda-feira, dia 22 de março, em formato online, com a participação dos representantes dos onze projetos selecionados e também de profissionais do audiovisual nacional que vão acompanhar o desenvolvimento das propostas alagoanas. Em uma edição inédita, o maior laboratório cinematográfico da América Latina, BrLab, realiza sua primeira versão voltado a um estado em Arapiraca, Alagoas.
Entre os dias 22 de março e 9 de abril de 2021, os realizadores alagoanos de diferentes cidades do interior e da capital participam de atividades direcionadas ao desenvolvimento de seus projetos audiovisuais e de suas carreiras profissionais. Durante o laboratório, são abordados diversos aspectos dos projetos, com foco em roteiro, direção, produção e distribuição. Projetos de seis municípios alagoanos foram escolhidos, e representam as cidades de Arapiraca (que financia e dá nome ao evento), Maceió, Satuba, Teotônio Vilela, Palmeira dos Índios e Santana do Ipanema. Uma iniciativa pioneira e inédita para Alagoas e principalmente para o interior do Estado que dá um passo importante para o desenvolvimento da indústria e cultura audiovisual em Alagoas.
Serão promovidas mais de 120 horas de programação direcionadas aos projetos, sendo quatro atividades abertas aos profissionais do audiovisual do Nordeste, que podem se inscrever e participar gratuitamente. São palestras com profissionais de renomados do audiovisual brasileiro que trazem “estudos de caso” como forma de abordar e compartilhar experiências práticas e fundamentais implicadas nos processos de desenvolvimento, produção e comercialização dos filmes, na interiorização da produção audiovisual e nas trajetórias de sucesso de duas empresas produtoras nordestinas consagradas no cenário audiovisual mundial.
Para participar das palestras, os interessados devem preencher o formulário (https://brlab.com.br/2020/
30 de março – 19h
Estudo de Caso do filme “Café com Canela” (BRA, 2017)
Da ideia à comercialização, com Glenda Nicácio e Ary Rosa
31 de março – 19h
Estudo de caso da produtora Vermelho Profundo (Campina Grande)
Criar e produzir audiovisual no interior da Paraíba, com Ramon Porto Mota
01 de abril – 19h
Estudo de Caso do filme “A Morte Habita à Noite” (BRA, 2020)
Da ideia à comercialização, com Leonardo Mecchi e Eduardo Morotó
05 de abril – 17h
Estudo de Caso sobre a produtora Carnaval Filmes (Recife)
Trajetória de produção no audiovisual pernambucano, com Nara Aragão e João Junior
Os tutores do BrLab Arapiraca formam um grupo de profissionais de variadas atuações no mercado cinematográfico brasileiro e que participam do laboratório com o intuito de somar com o desenvolvimento dos projetos alagoanos por meio de aulas, apresentações e também de assessorias individuais. Entre eles temos alagoanos, inclusive dois ex-alunos do BrLab latino-americano, René Guerra e Ulisses Arthur. Vamos conhecer um pouco mais de cada um deles:
Beatriz Carvalho:
Produtora de cinema, formada pela FAAP (São Paulo) e pela ESEC (Paris). Atua na indústria audiovisual brasileira há mais de 15 anos, trabalhando como produtora executiva e diretora de produção nas principais produtoras do país. É produtora e produtora executiva dos longas “Diz a Ela Que Me Viu Chorar” (Maíra Bühler, 2019) e “Sobre Rodas” (Mauro D’Addio, 2018) e dos curtas “Quando Elas Cantam” (Maria Fanchin, 2018) e “O Pacote” (Rafael Aidar, 2013). Também é produtora executiva dos longas “Racionais – das ruas de São Paulo para o mundo” (Juliana Vicente, estreia na Netflix em 2021) e “Lili e as Libélulas” (René Guerra, em pós-produção).
Mariana Brasil:
Produtora executiva com mais de 24 anos de mercado, começou na O2 Filmes e atua há mais de 14 anos com foco em produção de séries. Desde 2012 é sócia da empresa mari brasil que faz consultoria e ministra cursos em desenvolvimento de projetos de obras seriadas. Atendeu mais de 1800 alunos e produtores independentes em todo o Brasil criando um precioso networking no setor. Em janeiro de 2020 iniciou o agenciamento de autores roteiristas. Trabalhou com diversas instituições e empresas, entre elas: Canal Futura, Viacom, Gloob, Maria Farinha Filmes, Ancine, BRAVI, APRO, Sebrae, Centro Cultural Barco, AIC, Instituto Itaú Cultural, Instituto Icuman em Goiânia, FAAP, Porto Digital/Porto Mídia – PE, Instituto Cultural Dragão do Mar – CE, Festival de Cinema do RJ, Festival de Cinema de BH, Fundação Roquete Pinto, Fundaj – PE entre outros. No início de 2017 criou com outras três profissionais, um coletivo de produtoras executivas para prestação de serviços de produção, orientação e desenvolvimento de projetos audiovisuais. O c/as4atro é composto por quatro executivas com diferentes e complementares áreas de atuação na produção audiovisual.
Rafhael Barbosa:
Jornalista. Atuou como repórter, curador de mostras e produtor cultural. Dirigiu os filmes “Chimarrão, Rapadura e Outras Histórias” (2008); “KM 58” (2011), vencedor do prêmio de melhor filme na II Mostra Sururu de Cinema Alagoano e selecionado para o Cine PE 2012; e “O que Lembro, Tenho” (2013), curta selecionado para cerca de 30 festivais brasileiros e internacionais, e vencedor de 20 prêmios. Realizou também os documentários “Tempo de Cinema” (2004), “Jangada de Pau” (2014), “A Feijoada de Vovó Maria Conga” (2018) e “O Cortejo” (2019). O filme híbrido “Cavalo”, seu primeiro longa-metragem, estreou em janeiro de 2020 na Mostra de Cinema de Tiradentes. Além dos trabalhos autorais, atuou como produtor e assistente de direção em diversos curtas e médias-metragens. Tem desenvolvido uma parceria com o roteirista e diretor René Guerra, atuando como assistente de roteiro e projetos de longa-metragem e séries, entre eles “O Corpo Não Cabe na Internet”, série que compõe um Núcleo Criativo coordenado por Anna Muylaert.
Rafael Sampaio:
Diretor geral do BrLab, produtor e sócio fundador da Klaxon Cultura Audiovisual. Foi programador de cinema em espaços culturais como Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Cinemateca Brasileira e Cine Olido, além de ter produzido e programado inúmeras mostras e festivais. Também atua como coordenador de cursos e plataformas para formação, como os Laboratórios de Desenvolvimento de Projetos do Prodav 04 para a Ancine/FSA, além do BrLab, que criou e dirige desde 2011. Produziu os filmes Sobre Rodas (2017), de Mauro D’Addio, e Diz a Ela que me Viu Chorar (2019), de Maíra Bühler, entre outros.
René Guerra:
Cineasta, roteirista de cinema e preparador de elenco alagoano. Formado pela FAAP (2006) e mestre em Artes da Cena (2017) pela Unicamp pesquisando a teatralidade do real. É ativista LGBTQIA+ tendo toda a sua pesquisa e obra artística aliada aos direitos humanos e a produção artística desta comunidade no Brasil. Dirigiu o telefilme infanto juvenil para a TV CULTURA, “Guigo Off-line”, Boulevard Filmes (2017) que ganhou melhor filme no Festival Mix Brasil 2018. Dirigiu o telefilme infanto Juvenil para a TV CULTURA, “Guigo Off-line”, Boulevard Filmes (2017). Está em fase de pós-produção de dois longa metragens de ficção: “Serial Kelly”, Bananeira Filmes e de “Lili e as Libélulas”, Preta Portê Filmes.
Ulisses Arthur:
Formado em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), atua nas áreas de roteiro, direção, direção de arte e montagem. É sócio-fundador da produtora alagoana Céu Vermelho Fogo Filmes. Realizou os curta-metragens: “CorpoStyleDanceMachine” e “As melhores Noites de Veroni” (2017), “Ilhas de Calor” (2019) ambos selecionados e premiados em diversos festivais. Atualmente dedica-se ao projeto de seu primeiro longa-metragem intitulado Não Estamos Sonhando, selecionado para o BrLab 2019 onde ingressou na Incubadora Paradiso.
O BrLab Arapiraca foi um dos projetos selecionados pelo Edital de Fomento ao Audiovisual lançado no final de 2019 pela Prefeitura de Arapiraca em parceria com a Agência Nacional do Cinema – ANCINE. O fomento ao setor é fruto direto de uma política pública estratégica e estruturante: os “Arranjos Regionais” que promoveram uma importante descentralização e democratização de acesso ao financiamento público para desenvolvimento do setor audiovisual no Brasil nos últimos anos, para além do eixo Rio-São Paulo.
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