Texto: Jamerson Soares (Circuito Penedo de Cinema). Foto: Natália Bezerra.
Acontecem ações formativas como a ‘Chamada Aberta Alagoar’, com Larissa Lisboa e ‘Corpo e Imagem’, com Wanderlândia Melo, na agência Sebrae Penedo; as oficinas seguem até sexta-feira (18)
O Sebrae, um dos parceiros indispensáveis do Circuito Penedo de Cinema, cedeu uma de suas agências, localizada no centro histórico da cidade, para a realização de ações formativas referentes à área do cinema. Lá foram realizadas as oficinas “Escrita Sobre Filmes”, com Rosana Dias, “Produção Executiva”, com Regina Barbosa, “Chamada Aberta Alagoar”, com Larissa Lisboa e “Corpo e Imagem”, com Wanderlândia Melo. Todas ações seguem até esta sexta-feira (18).
Na quarta-feira (16), a oficina ministrada por Larissa Lisboa fez com que o público tivesse mais conhecimento sobre o projeto Alagoar, que é uma plataforma digital colaborativa que difunde tudo que acontece na área do audiovisual em Alagoas, seja escritos, filmes, exposições e eventos.
A oficineira é produtora cultural, pesquisadora e tem vivência no audiovisual há aproximadamente 15 anos. Ela contou que a oficina teve como foco principal conectar as pessoas com o trabalho do Alagoar, para que elas vejam que no projeto tem espaço para todos que fazem cinema. “Algumas pessoas já tinham um conhecimento sobre o projeto, outras não e só conheceram aqui. O retorno do público foi bem bacana e a proposta foi bem acolhida”, disse.
Para Larissa Lisboa, é de grande relevância que oficinas como essas estejam inclusas na programação do Circuito. “Acho muito importante essas ações formativas estarem dentro da programação porque é nesse momento que as pessoas têm possibilidade de revisitar coisas que já sabiam, ter acesso a coisas que não tinham acesso ou até mesmo se conectar com outras pessoas”.
A outra oficina “Corpo e Imagem” abriu portas para a memória e para o não dito por meio da consciência corporal. As técnicas e os jogos realizados compõem uma espécie de preparação para o ator antes de fazer o seu trabalho na frente das câmeras. Segundo Wanderlândia Melo, que trabalha como atriz e palhaça há 10 anos, é sempre um lugar de aprendizagem e de pesquisa onde corpos se entregam a diferentes espaços.
“Tenho sempre um plano de aula pensando em como vai ser o começo, meio e fim, mas a resposta sempre é diferente. Então é uma oficina que eu aprendo muito mais. Eu fico pensando na preparação do ator independente em que lugar ele vai usar, mas o foco é o cinema, a tela. Independente disso, o corpo deve estar preparado para atuar”, explicou a artista.
Primeiro, os participantes foram direcionados a formarem uma roda. Cada um cantou uma refrão de uma música ou trechos que sabia dela. Pôde-se ouvir Gal Costa, Mateus Aleluia, músicas de religião de matriz africana, entre outras. Logo depois, foram feitos alongamentos e aquecimentos no corpo. Também foram realizadas algumas dinâmicas, como caminhar no espaço vazio em diferentes níveis e ritmos.
Em seguida, Wanderlândia pediu para que os presentes contassem ou continuassem histórias de acordo com a última palavra/assunto que fossem ouvir de outra pessoa da roda. Houve uma dinâmica com uma cadeira e cada pessoa teria que sentar para que os outros criassem características só em ver seu comportamento.
Uma das participantes da oficina se chama Brenda Maia, professora de arte e artista da dança há 10 anos. Ela contou que a oficina foi fantástica e proporcionou vivacidade no corpo e nas memórias. “A gente pôde estimular a musculatura, a percepção visual e poética do outro. Isso vai formulando a imagem do que a gente produz da pessoa e tendo consciência em como isso pode ser lidado no dia a dia. A minha experiência com a ação foi maravilhosa”, revelou Brenda.
No final, já eufóricos, foi formada uma nova roda e todos se despediram com um abraço coletivo.
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