Por quê assistir O catador de fotogramas (dir. Pedro da Rocha)

Texto: Larissa Lisboa. Imagem: print do filme O catador de fotogramas.

O catador de fotogramas (dir. Pedro da Rocha) é um curta alagoano que foi realizado para homenagear Elinaldo Barros em 2010 como parte do evento de lançamento da segunda edição do livro Panorama do Cinema Alagoano, que contou com revisão e ampliação do material originalmente publicado em 1983.

Como um filme homenagem, esta obra audiovisual tem como foco apresentar o professor, pesquisador, produtor cultural, escritor, curador e crítico de cinema Elinaldo Barros, e reunir falas de pessoas que reconheçam a atuação dele junto ao cinema alagoano.

O catador de fotogramas é um filme que me toca de uma forma particular pois fui amiga de Pedro da Rocha e Elinaldo Barros. Reconheço e compartilho sobre também para contextualizar que a minha proposta aqui é reconhecer o valor desta obra independente do afeto (mas também a partir do afeto) que sinto por ela, por seus personagens e autores. (Tenho o privilégio de ser uma das pessoas que pode reconhecer o trabalho de Elinaldo como entrevistada deste filme – a convite do seu diretor Pedro da Rocha, e também de ter podido conviver com o trabalho de Elinaldo e com ele)

Assim elenco motivos para assistir O catador de fotogramas abaixo e compartilho o link do filme.

  • É um precioso registro da história do cinema alagoano – É uma narrativa centrada em Elinaldo Barros, que aborda a vivência dele com cinemas de bairro, com o Festival de Cinema de Penedo, com a sessão de arte e com a escrita sobre filmes alagoanos.
  • É uma cápsula do tempo que permite conhecer brevemente Elinaldo Barros – Através das cenas com ou sem a presença de Elinaldo é possível ter um gostinho de quem ele foi, do trabalho que ele realizou e do quanto fomos e somos presenteados pela relação que ele cultivava com o cinema, principalmente pelo trabalho de escrita sobre o cinema alagoano que ele construiu.
  • É uma aula de pesquisa em cinema e memória – Pedro da Rocha construiu um filme afetuoso, com registros da sessão de arte, com depoimentos de várias pessoas que foram impactadas pelo trabalho e pela convivência com Elinaldo Barros, e principalmente com o próprio homenageado contando a sua história. A partir da expressão “catador de fotogramas” que dá nome ao filme (forma como o próprio Elinaldo se apresentava), Pedro apresenta de forma plural mesmo que breve a trajetória e construção deste catador de fotogramas, memórias, histórias, escritas, filmes, amigos e afetos.
Sobre Larissa Lisboa
É coidealizadora e gestora do Alagoar, compõe a equipe do Fuxico de Cinema e do Festival Alagoanes. Contemplada no Prêmio Vera Arruda com o Webinário: Cultura e Cinema. Pesquisadora, artista visual, diretora e montadora de filmes, entre eles: Cia do Chapéu, Outro Mar e Meu Lugar. Tem experiência em produção de ações formativas, curadoria, mediação de exibições de filmes e em ministrar oficinas em audiovisual e curadoria. Atuou como analista em audiovisual do Sesc Alagoas (2012 à 2020). Atua como parecerista de editais de incentivo à cultura. Possui graduação em Jornalismo (UFAL) e especialização em Tecnologias Web para negócios (CESMAC).

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