Texto: Larissa Lisboa com ETC Comunicação | Universo Produção. Foto: Leo Lara.
Em 2017 começamos a contar com colaboradores para a realização de coberturas de Mostras e Festivais Brasileiros. Houveram oportunidades, ainda pouco recorrentes, em que um de nossos colaboradores viajou a convite do evento, como foi o caso da cobertura que fizemos no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e na 3ª Mostra Sesc de Cinema, as demais coberturas que compartilhamos foram realizadas a partir da iniciativa dos nossos colaboradores.
Estaremos cobrindo pela primeira vez uma edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, por iniciativa do colaborador Pedro Krull que viajou para Tiradentes com recursos próprios e que aceitou o nosso convite para compartilhar suas impressões sobre a Mostra.
A 23ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, um dos maiores eventos do cinema brasileiro, nos surpreendeu antes mesmo de começar, uma vez que é a primeira vez que quatro filmes alagoanos estarão compondo a programação.
Em contato com a assessoria do evento (ETC Comunicação) tivemos confirmação do histórico dos filmes alagoanos exibidos, que compartilharemos a seguir para rememorar e reforçar o cenário composto pela seleção para a atual edição. Em 2006 na 9ª edição da Mostra foram exibidos dois filmes realizados em Alagoas, A última feira (dir. Hermano Figueiredo) e A Risonha Morte de Tião das Vacas (dir. Pedro da Rocha). Seguido por A Banca (dir. Aloisio de Barros Correia) na 16ª edição da Mostra, em 2013, e por Avalanche (dir. Leandro Alves) na 21ª edição em 2018.
Além de ficar registrado como a edição em que haverá o maior volume de filmes alagoanos exibidos até hoje, também é a primeira a selecionar um longa metragem realizado em Alagoas. Serão exibidos os curtas metragens A Barca (dir. Nilton Resende) na Mostra Foco no dia 29/01 às 22:30, Trincheira (dir. Paulo Silver) na Mostrinha no dia 01/02 às 10:30, Ilhas de Calor (dir. Ulisses Arthur) na Mostra Jovem no dia 01/02 às 15:00, e o longa Cavalo (dir. Rafhael Barbosa e Werner Salles Bagetti) na Mostra Imaginação como Potência às 15:00 também no dia 01/02.
A Barca teve sua estreia na 10ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano e inicia a sua circulação fora do estado através de Tiradentes. Nilton Resende e Paulo Silver tiveram incentivo para a realização desses filmes uma vez que foram contemplados pelo IV Prêmio de Incentivo à Produção Audiovisual em Alagoas (SECULT-AL/Fundo Setorial do Audiovisual-Ancine).
Trincheira teve sua estreia em novembro no Curta Cinema 2019 – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, foi selecionado por outras Mostras e Festivais, tendo recebido prêmio para direção de arte para Nina Magalhães e roteiro para Rafhael Barbosa e Paulo Silver na 10ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano.
Ilhas de Calor teve sua estreia em agosto no 29º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, onde recebeu o Troféu Samburá da Fundação Demócrito Rocha do jornal O Povo. Entre outros prêmios recebidos pelo filme está o prêmio de atuação para Vyctória Tenóryo e melhor filme da 10ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano.
Cavalo é o primeiro longa metragem realizado em Alagoas através de um edital de incentivo, foi contemplado no Prêmio Guilherme Rogato, da prefeitura de Maceió, e contou com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA para sua realização.
A Mostra de Cinema de Tiradentes, chega a sua 23a edição, de 24 de janeiro a 1o de fevereiro de 2020. Serão nove dias de evento com exibição de 113 filmes (31 longas, 1 média e 81 curtas-metragens), divididos em 53 sessões de cinema, e ainda, promove 39 mesas de debates, diálogos audiovisuais e a série Encontro com os Filmes, performances artísticas e musicais, oficinas e lançamentos de livros. Confira a programação.
A temática escolhida a cada ano pela Mostra reverbera nos debates, encontros com os filmes, além do filmes exibidos na Mostra da temática e demais mostras. A curadoria, sob coordenação do crítico Francis Vogner dos Reis, propôs essa temática para reforçar que, mesmo numa época de dúvidas, o cinema brasileiro vive um momento de absoluta efervescência criativa e de recepção. “O que emerge na atual produção no país é o desejo de interpretar nossa experiência hoje, de projetar caminhos possíveis, de provocar imagens que nos remetam a uma perspectiva sobre o passado tendo em vista não só um olhar original sobre fraturas sociais e políticas, mas também uma superação destas num desejo de futuro”, destaca Francis. “Existem filmes, documentários e ficções, que olham o presente e colocam as coisas em termos históricos, atentando para o mundo como ele é e se questionando como ele poderia ser”.
Pedro Krull está em Tiradentes e apresentará em sua cobertura um recorte da programação buscando compartilhar impressões sobre curtas e longas exibidos nas mostras Foco e A Imaginação como Potência, entre outras ações que ele vivenciar, fica o convite para acompanhar nossos relatos até fevereiro.
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