Texto e imagem: Larissa Lisboa
A primeira vez que cheguei a Tiradentes foi através da visita orientada do Sesc em 2017 para acompanhar a 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Não foi a primeira vez que acompanhei um evento de cinema de grande porte, mas foi uma das minhas imersões mais intensas no cinema brasileiro.
A temática foi “Cinema em Reação, Cinema em Reinvenção”, as homenageadas foram Leandra Leal e Helena Ignez, perdi a conta de quantos filmes me marcaram dos que pude prestigiar por lá, e do aprendizado que reuni entre as sessões, os debates e o transitar pela cidade de Tiradentes. Fiquei a edição inteira sonhando em retornar no ano seguinte, e retornei por conta própria.
Não satisfeita em retornar em 2018, também voltei em 2019, vivenciei a 21ª e 22ª edições da Mostra com temáticas “Chamado Realista” e “Corpos Adiante”, respectivamente. Teria muita coisa para falar sobre as três edições que vivenciei presencialmente, mas as trago aqui apenas para ilustrar o afeto que semeio por essa iniciativa que tanto me ensinou e me ensina.
Ver a exibição de um filme alagoano, Avalanche (dir. Leandro Alves), em 2018 na Mostra de Cinema de Tiradentes foi especial, então dá para imaginar que adoraria ter estado em Tiradentes em 2020 para acompanhar as sessões dos quatro filmes alagoanos que foram exibidos na 23ª edição da Mostra, o que infelizmente não foi possível. Foram exibidos: A Barca (dir. Nilton Resende) na Mostra Foco, Trincheira (dir. Paulo Silver) na Mostrinha, Ilhas de Calor (dir. Ulisses Arthur) na Mostra Jovem e o longa Cavalo (dir. Rafhael Barbosa e Werner Salles Bagetti) na mostra temática “A Imaginação como Potência”.
Graças a colaboração voluntária de Pedro Krull, que se dispôs a fazer o acompanhamento presencial da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes com recursos próprios representando o Alagoar, pude estar conectada com a Mostra de uma forma que ainda não tinha experimentado, construindo entrevistas e outros textos. Veja o texto sobre Cavalo escrito por Pedro Krull e outros texto da cobertura.
Aproveito para rememorar outros filmes alagoanos exibidos pela Mostra de Cinema de Tiradentes: em 2006 a 9ª edição exibiu A última feira (dir. Hermano Figueiredo) e A Risonha Morte de Tião das Vacas (dir. Pedro da Rocha). E em 2013, a 16ª edição da Mostra exibiu A Banca.
Hoje tem início a 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes, com temática “Vertentes da Criação” e será realizada até 30 de janeiro. “Devido à pandemia de Covid-19, o evento que abre anualmente o calendário audiovisual brasileiro acontecerá no formato online com todas as atividades concentradas no site www.mostratiradentes.com.br e acompanhadas nas redes sociais da Universo Produção. A programação abrangente, diversificada e gratuita exibe 114 filmes (31 longas, 2 médias e 81 curtas-metragens) em pré-estreias e mostras temáticas; conta com a participação de 112 convidados no centro do 24o Seminário do Cinema Brasileiro que inclui 24 debates, a série Encontro com os Filmes e rodas de conversa; promove 10 oficinas com a oferta de 225 vagas, realiza performance audiovisual, exposição, shows e atrações artísticas.” Copiado do site da Mostra.
Destaco que entre os 81 curtas selecionados está o alagoano Ainda Te Amo Demais (dir. Flávia Correia) que terá estreia na Mostra no dia 23/01 às 0h.
Esse texto é o começo da minha celebração diante da possibilidade de imergir na Mostra novamente, pela primeira vez on-line, é também um convite para acompanharem as impressões dos nossos colaboradores que poderão ser compartilhadas nos próximos dias, que estendo também a quem desejar somar para que entre em contato (audiovisualagoas@gmail.com) caso deseje compartilhar suas impressões sobre a Mostra de Cinema de Tiradentes por aqui também.
Leave a Reply