Texto: Gessyca Geyza*
Gessyca Geyza preparou essa curadoria atendendo ao nosso convite.
Exú – além do bem e do mal (2012) – O documentário apresenta Exú e sua multiplicidade nas perspectivas do candomblé e da Umbanda. O filme, dirigido por Werner Salles Bagetti é uma oportunidade de romper preconceitos e ampliar o saber sobre o universo de um orixá tão plural e, contraditoriamente, tão rotulado na perspectiva cristã.
Mwany (2013) – É um chamado ao pertencimento. O filme pulsa como o coração de Sónia, como os tambores e cânticos que ecoam através do corpo dessa mulher negra estrangeira e mãe solo que estende suas raízes de África até Brasil. Dirigido por Nivaldo Vasconcelos, Mwany, revela poeticamente o cotidiano de Sónia e sua filha Thandy. Duas gerações, dois corpos-memórias, dois territórios.
Entre céus (2014) – De onde se olha, se vê. As paisagens antigas e contemporâneas de Pau Amarelo se fundem, dando a possibilidade de retorno e travessia. Um documentário de Alice Jardim que nos convida para voos e imersões.
Retina (2015) – Um abraço entre memória e imagem. Entre cineastas e suas vivências-afetos. Um entrelaçar entre narrativa e fotografia. Um passeio dinâmico através da escuta e do olhar. Retina é um filme generoso, sensível, poético, orgânico e convidativo! É uma porta aberta. Direção: Paulo Silver.
Avalanche (2017) – Dirigido por Leandro Alves, é uma ficção que gira em torno de uma família que vive no interior do agreste alagoano. O universo interiorano se apresenta através do cotidiano dos personagens, revelando beleza, tensões e problemáticas dentro e fora do ceio familiar.
O poeta do Barro vermelho (2019) – Uma animação potente e poética guiada pela poesia de Toinho Pescador que nos convida para navegar pela beleza e triste jornada do rio São Francisco. É um filme sensível, musical, inteligente e provocador. Direção: Matheus Nobre.
*Gessyca Geyza é atriz, preparadora de elenco, diretora e arte-educadora. Integrante do Coletivo Hetéaçã.
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