Os Desejos de Miriam, uma entrevista com Nuno Balducci e Ismélia Tavares

Perguntas: Larissa Lisboa. Respostas: Nuno Balducci e Ismélia Tavares. Revisão: Larissa Lisboa

Os Desejos de Miriam é um dos seis projetos contemplados no Prêmio Guilherme Rogato (2015), teve seu lançamento em 2017, entre outras mostras e festivais, participou da II Mostra Sesc de Cinema, na qual foi o primeiro filme alagoano a ser licenciado pela Mostra e exibido pelas unidades do Sesc no Brasil. Para saber e compartilhar sobre o processo de realização de Os Desejos entramos em contato com o diretor e roteirista Nuno Balducci e com Ismélia Tavares, roteirista, produtora executiva e assistente de direção.

Larissa Lisboa: Como surgiu o argumento de “Os Desejos de Miriam”? E como foi o processo para desenvolvimento do roteiro?

Nuno Balducci: O argumento original foi da Ismélia. Ela teve a ideia do curta e escreveu o argumento praticamente inteiro durante uma noite, e depois me apresentou. Eu na época achei muito bom e com grande potencial pelos momentos que estávamos passando (a iminência do impeachment da presidenta Dilma e a repercussão das pautas feministas na mídia), mas achava que algumas coisas poderiam mudar e tornar a história mais ágil e direta. O argumento original tinha muitos pensamentos da personagem, o que tornaria um filme com muita voz em off, daí, na construção do roteiro, contribuí mais em enxugar os diálogos e dar mais movimento a personagem no espaço do apartamento onde ela encontra-se confinada. Eu e Ismélia discutimos muito sobre como descrever e encenar os momentos de expansividade e sonho da personagem fora do apartamento e por isso mudamos várias vezes algumas cenas ou substituímos por outras. Mas a estrutura do roteiro em si permaneceu fiel ao do argumento original.

Ismélia Tavares: O argumento original eu escrevi durante uma noite. Eu estava estudando e ouvindo música no computador. De repente apareceu na tela uma propaganda de horóscopo e resolvi abrir. Eis que na astrologia apontava que minha libido estava em alta e a semana me prometia grandes emoções. Pronto: Os Desejos de Miriam começou a brotar da motivação desse libido proposto no horóscopo. Eu achei muito engraçado porque eu estava super mal naquela noite e a ideia de Miriam surgiu para responder aquela situação inusitada e contraditória. Imaginei ela dentro de um contexto feminino da solidão moderna, presa aos meios eletrônicos que normalmente mascaram essa solidão. Me inspirei também nas inúmeras mulheres que conheço solteiras ou casadas que não saem para beber nem para irem a cinemas ou teatro sozinhas, afirmando ter receio de serem julgadas ou receberem cantadas desagradáveis. Eu sempre sai sozinha mas eu entendo que aqui em Alagoas é bem complicado. Temos um machismo naturalizante que oprime a mulher de muitas maneiras. Então pensei em brincar cinematograficamente com o “sair” e não sair de Miriam, bem como os desejos que ela teria durante um dia na solidão de seu apartamento. Depois de ter feito o argumento pensei em desenvolver o roteiro para disputar o edital.

Nesse período o Centro Audiovisual Norte Nordeste (CANNE) abriu inscrições para o curso de produção cinematográfica com o João Vieira Jr. e me inscrevi pensando em desenvolver o projeto de Miriam. O João viu um grande potencial na história e me incentivou a desenvolvê-lo. Fazer o roteiro requer um conhecimento mais técnico, então mostrei para Nuno e ele gostou do argumento, mas estava envolvido com mestrado e outros projetos na época e foi preciso investir no meu poder de persuasão para que ele me ajudasse no roteiro. O roteiro passou por quatro tratamentos apenas para chegar ao projeto final e concorrer ao edital.

LL: Como foi o processo de definição do elenco e preparação?

NB: Quanto a protagonista e a personagem coadjuvante feminina, eu e Ismélia não tínhamos uma imagem pronta do aspecto físico da personagem, mas apenas definimos a classe na qual ela pertencia, que é classe média, e alguns aspectos psicológicos e de personalidade. Por isso, decidimos fazer um teste de elenco onde elegemos a Simone Ciríaco, para interpretar a Miriam, e a Kleise Mariah, para interpretar ao mesmo tempo a babá e a moça da boate. Não havíamos, a princípio, optado por uma atriz não-profissional para o papel de Miriam, como é o caso da Simone. A identificação profunda com a personagem e o carisma e ousadia ao se apresentar no teste foi o fator definidor para a escolha dela para o papel principal.

Para interpretar as personagens coadjuvantes masculinos eu já tinha em mente o Mauro Braga (que já tinha trabalhado comigo em Atirou para Matar), para o papel do marido, e o Jadir Pereira, para o papel do segundo homem da boate. Já o Waldredo Luz o conheci no teste de elenco do meu primeiro curta-metragem, Atirou para Matar, e o convidei para o papel do primeiro homem da boate, e o Caio Rob o vi atuando na peça O Diário de Anne Frank, adaptado por seus pais Mauro Braga e Ana Sofia, e vimos que ele se encaixava para o papel do filho de Miriam. A preparação se deu através de ensaios das cenas com todas as atrizes e atores dirigidos por mim e pela Ismélia. No último juntamos todo o elenco e fizemos um ensaio coletivo, onde tivemos o auxílio de Nivaldo Vasconcelos, que foi o diretor de fotografia do curta e que já tinha experiência com direção de atores em outras curtas-metragens incluindo o meu primeiro filme. Foi nos ensaios que concordamos que a personagem da babá e a moça da boate fossem ambas interpretadas pela Kleise Mariah, que é atriz profissional. Ainda tínhamos dúvidas se as duas seriam a mesma pessoa ou não e como iríamos encenar isso para o público, pois é através de sua presença que reforça o mistério do enredo na cena final, ou seja, se Miriam saiu ou não de casa. Com Simone, apesar de nunca ter tido experiência com atuação anteriormente, se mostrou bastante dedicada e entregue ao personagem de Miriam, o que contribuiu bastante para a necessidade de naturalidade que eu e Ismélia buscávamos, mesmo em cenas mais delicadas.

IT: Posso falar como produtora. Nuno propôs que a seleção das atrizes se desse a partir de um teste de elenco. Abri uma chamada com poucas restrições, mas, no caso da protagonista, colocamos um limite de idade. Queríamos uma mulher entre 35 a 60 anos. A partir desse teste acreditávamos que encontraríamos a segunda personagem feminina. Buscamos na protagonista uma naturalidade que Simone Ciríaco correspondeu, além da ousadia de se lançar para o teste sem nunca ter atuado. A Kleise Mariah foi essencial pelo profissionalismo de ser atriz, e encarar com naturalidade a cena do beijo que desde o início sabíamos que seria uma cena difícil e importante para o filme. Aos demais personagens, solicitamos o envio de fotografias e informações básicas para que pudéssemos entrar em contato depois.

Da esquerda pra direita: Mauro Braga, Ismélia Tavares, Simone Ciríaco, Nuno Balducci e Caio Rob

LL: Quanto tempo de filmagem? Como foi o processo de direção do elenco?

NB: A filmagem ocorreu em cinco dias. Foram três dias para as filmagens no apartamento, uma para a boate e uma última para filmagem de cenas externas. O apartamento pertencia a uma amiga minha, Poliana Andrade, que cedeu gentilmente a produção sem custos. A escolha da locação foi fundamental para pensarmos a movimentação dos atores como também a escolha dos enquadramentos e a decisão (arriscada mas que funcionou), minha e de Nivaldo, de não ter movimento de câmera e usar apenas a iluminação que fosse do próprio ambiente do apartamento. O fato de usarmos apenas a iluminação ambiente não quer dizer que foi tudo “natural”, pois Nivaldo e a Jul (que fora sua assistente de fotografia), efetuaram diversas modificações, intervenções e invenções na iluminação, mas sempre usando o que já estava disposto no apartamento. Na boate é que houve uso de iluminação extra, sobretudo na cena do banheiro, onde queríamos reforçar as cores do ambiente para ganhar em composição dramática para o beijo, dando um ar de artificialidade cinematográfica antes do retorno/revelação do mistério de Miriam. Essas escolhas influenciaram bastante a direção e a disposição cênica dos atores nas cenas. Pra mim, isso justifica a câmera parada e o movimento dos atores tanto na cena do café da manhã, como na cena em que Miriam fita pelo vasculhante, a conversa da babá no telefone. Esta última, inclusive, revela um dos poucos “movimentos” da câmera através de um zoom rápido e objetivo. Confesso que essas escolhas técnicas e estéticas favorecem a confusão por parte do público se Miriam saiu ou não do apartamento, ao eu ter optado por uma visão psicológica de Miriam vendo a si mesma saindo do apartamento e vestida da mesma maneira que a babá quando retorna ao trabalho pela manhã.

IT: Foram cinco dias de filmagem. Três no apartamento, um na boate e uma externa. O processo de direção Nuno pode falar porque ele dirigiu todo o elenco. Fiz assistência de direção e produção, então estive presente o tempo todo no set. Lembro que chamei o Nuno e dei pitaco apenas na cena da dança. Desde sempre eu pensava na Miriam entrando lentamente na emoção da música e que essa emoção fosse gradualmente se mostrando e Miriam parecesse escapar para um outro lugar além da solidão do espaço cênico.

LL: Como foi a relação entre o roteiro e a montagem?

NB: Tenho uma ligação muito forte com o que escrevo, pois quando escrevo um roteiro eu já imagino a sua decupagem técnica e a montagem e, ao filmar, costumo seguir a risca o planejamento de filmagem. Nas duas experiências que tive na direção elenco pontos positivos e negativos. Nunca requeri diárias fora do planejado com a produção e a equipe (o que acarretaria maiores custos financeiros), porém na montagem costumo sentir falta de algumas cenas extras ou de ambientação, sobretudo em Atirou para Matar que era um filme de ação. Nos dois curtas eu acompanhei de perto todo o processo da montagem.

Em Os Desejos de Miriam, estive ao lado de Paulo Silver, com quem tive uma experiência excepcional, pois além de ele ser realizador, tinha acabado de finalizar a montagem de um outro filme (Wonderfull, se não me engano) e estava também montando um filme próprio (Eu me Preocupo). Essa troca de experiências foi bastante enriquecedora pois estávamos compartilhando aprendizagens enquanto montávamos Os Desejos e Eu me Preocupo simultaneamente. No geral, eu consegui filmar tudo que eu achava essencial no roteiro dramático e não tivemos muitas questões na montagem. Pelo contrário, muitos planos de continuidade caíram no processo de edição. Um exemplo está na cena final em que Miriam se vê só no apartamento.

Na filmagem filmamos o movimento de Miriam acordando no sofá e se dirigindo até a varanda em vários ângulos. Era uma cena bastante decupada, mas eu e Paulo optamos por usar na versão final um plano único. Acho que ganhou em dramaticidade vê-la de longe na luz do amanhecer do que ter gasto tempo mostrando plano detalhe de um smartphone. O mesmo aconteceu na cena de Miriam dançando sozinha no apartamento. Nivaldo sugeriu de filmar com a câmera na mão acompanhando os movimentos do corpo da Simone, mas na edição usamos apenas um curto trecho para revelar a expansividade subjetiva da personagem ao ouvir a música Bette Davis Eyes, optando para o resto da cena, um plano distanciado com câmera fixa que capta o espaço do apartamento e o corpo inteiro de Miriam dançando, reforçando a solidão da personagem.

IT: Nuno pode falar melhor sobre essa relação entre roteiro e montagem, uma parceria que se deu entre ele e Paulo Silver. A montagem é algo que Nuno já começa a pensar quando está trabalhando no roteiro e gosta de participar ativamente em seus filmes. Durante o processo da montagem de Os Desejos de Miriam, algumas vezes fui chamada na sala de edição para opinar sobre um corte ou cena que devia cair ou ser acrescentada. Uma curiosidade foi que na cena em que Miriam está na cozinha, preparando um chá para tomar, trocamos a voz em off por imagens de Instagram. Inicialmente, gravamos a voz em off no estúdio do Emmanuel Miranda (que assina toda a parte de som do filme) com a Simone interpretando Miriam ironizando a falsidade das pessoas na internet. Posteriormente, Nuno sugeriu que ao invés da voz em off substituíssemos na montagem por imagens que remetesse ao Instagram de Miriam. Como produtora, liguei para a Simone Ciríaco e nós marcamos um encontro para fazer as fotografias. Saímos as duas sozinhas para fazer as imagens que demonstram que Miriam também utiliza da artificialidade das redes sociais para tentar se sentir bem.

LL: Ter realizado “Atirou para Matar” através do III Prêmio de Incentivo à Produção Audiovisual em Alagoas (2015) influenciou/colaborou para a realização de “Os Desejos de Miriam” através do Prêmio Guilherme Rogato 2015? Se sim, como?

NB: Eu costumo dizer que eu não teria feito um curta como Atirou para Matar sem financiamento de um edital público. O mesmo eu posso dizer que não teria realizado Os Desejos de Miriam, pelo menos da forma que foi realizado, se eu não tivesse tido antes a experiência com o Atirou. A primeira lição foi não perder tempo demais com planos explicativos ou de continuidade quando você tem cenas dramáticas essenciais para serem feitas no mesmo dia. A segunda é que você não vai “descobrir a uva” fazendo um filme e que no processo de filmagem precisamos aprender a defender suas ideias criativas, mas também de ouvir o outro, pois estamos trabalhando com profissionais com experiência de outros sets que podem contribuir em momentos que não temos “ideias geniais” para um plano aparentemente simples ou que precisamos resolver um problema de mise-en-scène especifico. Por tanto, influenciou e colaborou sim.

IT: Totalmente. Os editais são essenciais para fomentar a produção e fazer emergir novos realizadores. A primeira experiência em montar um projeto, passar num edital e depois produzir o filme, a gente nunca esquece. Trabalhar em Atirou Para Matar foi uma experiência maravilhosa. Foi o primeiro filme realizado pelo diretor e meu primeiro envolvimento com os profissionais do audiovisual alagoano num set. Dividi a direção de produção e produção executiva com o cineasta Rafhael Barbosa, para mim foi um aprendizado. Rafhael já tinha realizado trabalhos anteriores e foi imprescindível nessa parceria. Ter realizado um trabalho através do III Prêmio de Incentivo a Produção Audiovisual de Alagoas em 2013 colaborou sim para que participássemos do edital Guilherme Rogato em 2016. Primeiro pela proximidade com o segmento, pelas parcerias e pelas constantes lutas travadas por todos nós para a continuidade dos editais.

LL: “Os Desejos de Miriam” foi um dos filmes sobre os quais os participantes do Laboratório de Crítica Cinematográfica de 2017 se debruçaram para escrever, qual a importância de receber críticas?

NB: Até o momento, tenho tido uma relação com os críticos e as críticas excelente, apesar de não serem muitos. Quando alguém se debruça num filme seu, mesmo que seja pra criticar negativamente ou questionar certas escolhas estéticas e narrativas, é sobretudo estabelecer uma relação a partir de um esforço intelectual entre ele e aquilo que você fez e eu respeito e admiro muito isso. Independente se gostou ou não, ainda assim ele (o filme) afetou profundamente alguém a ponto de esta pessoa sentir a necessidade de organizar suas impressões num texto.

Centrando-me na experiência do laboratório, eu posso dizer que pela primeira vez eu tive o prazer de ler dois belíssimos textos (escritos pelo Felipe Sales e pela Thame Ferreira respectivamente) que se esforçaram para pensar e interpretar, de maneira relativamente profunda, sobre as escolhas estéticas e narrativas de um filme que dirigi.

Experiência próxima tive com um texto, breve mas contundente, escrito pelo Cid Nader para o Atirou para Matar por ocasião de sua cobertura da Mostra Sururu em 2014. Na ausência de revistas (física ou eletrônica) de críticas aqui no Estado, esse laboratório possibilita que os filmes sejam pensados e interpretados de maneira que possa ser compartilhado por outros leitores e potenciais espectadores. Quando eu leio uma critica sobre algum dos curtas que eu dirigi eu sinto que esses filmes de fato existem e continuam a existir a cada vez que alguém lê esses textos.

IT: Vejo os laboratórios de críticas como um lugar fértil. Acho louvável quando alguém dispõe de tempo e de esforço intelectual para pensar uma obra fílmica. Essa obra passa a existir em outras camadas da percepção humana que vai da imagem a escrita. O laboratório de critica cinematográfica proporciona a quem lê, a possibilidade, muitas vezes, de ir além do trivial na obra entre o bom, o ruim, ou o feio, o bonito. Fiquei bem feliz com as críticas escritas sobre Os Desejos de Miriam pelo Felipe e pela Thame em 2017. Posso dizer que cada um a seu modo e delicadeza de olhar, interpretou o filme de maneira sensível e abrangente. Vida longa ao Laboratório de Crítica Cinematográfica.

LL: “Os Desejos de Miriam” foi o primeiro filme alagoano licenciado e exibido pelas unidades do Sesc em todo país, conta como foi essa experiência.

NB: Esse licenciamento foi uma grata surpresa que eu tive, não só pelo valor monetário do licenciamento, mas sobretudo pela expectativa que eu tinha de exibir Os Desejos de Miriam no máximo de lugares possíveis para o mais variado tipo de público possível. O curta, devido a combinação de uma série de fatores, rodou pouco em festivais e mostras no ano de seu lançamento. Quando recebi a notícia do licenciamento e que o curta seria exibido em praticamente todos os estados da federação, eu compreendi que todo filme tem o seu lugar e sua trajetória própria, mas que muitas vezes esse lugar e essa trajetória não é aquele que o seu realizador gostaria que tivesse. O licenciamento e seleção para a etapa nacional foi uma prova disso, pois estava concorrendo com filmes com uma trajetória extensa de prêmios e festivais, e mesmo assim foi selecionado.

IT: Uma grata e surpreendente surpresa. Digo isso porque Os Desejos de Miriam concorreu com filmes de todo o Brasil. Foi uma experiência única saber que sua produção ganhou maior idade e saiu pela vida em busca de outros olhares e interpretação. Agradeço a sensibilidade dos jurados que entenderam e gostaram do filme.

Sobre Larissa Lisboa
É coidealizadora e gestora do Alagoar, compõe a equipe do Fuxico de Cinema e do Festival Alagoanes. Contemplada no Prêmio Vera Arruda com o Webinário: Cultura e Cinema. Pesquisadora, artista visual, diretora e montadora de filmes, entre eles: Cia do Chapéu, Outro Mar e Meu Lugar. Tem experiência em produção de ações formativas, curadoria, mediação de exibições de filmes e em ministrar oficinas em audiovisual e curadoria. Atuou como analista em audiovisual do Sesc Alagoas (2012 à 2020). Atua como parecerista de editais de incentivo à cultura. Possui graduação em Jornalismo (UFAL) e especialização em Tecnologias Web para negócios (CESMAC).

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