Segundo Elinaldo Barros (1983), em Panorama do cinema alagoano, a partir de 02 de dezembro de 1895, Maceió, a capital de Alagoas, começou a receber aparelhos precursores do cinema. O primeiro foi o kinetoscópio, de Thomas Edison, com o qual, através de um visor, uma pessoa de cada vez vislumbrava, dentro de uma caixa, desenhos ou fotografias que se moviam quando acionada uma manivela. Em seguida apareceram o motoscópio, de Herman Casler, o bioscópio, de Charles Urban, e o projetectoscópio, de Thomas Edison. Todos estes aparelhos, com pequenas modificações entre si, permitiam a visualização das imagens em movimento por uma única pessoa ou em pequenas projeções.
Em 1908, num casarão não identificado na praça dos Martírios, foi realizada a primeira exibição pública de cinema com um cinematógrafo em Maceió, capital de Alagoas. Segundo BARROS (1983), este primeiro aparelho passou a funcionar no Teatro Maceioense, depois chamado Cine-Teatro Delícia.
Segundo BARROS (1994), em Rogato, a aventura do sonho das imagens em Alagoas, um italiano que havia desembarcado com os pais no porto de Santos, em São Paulo, ainda menino, era o fotógrafo Guilherme Rogato, que viera à Maceió fazer uma exposição fotográfica em esmalte, em 1919. Dois anos depois desta primeira estada na capital de Alagoas, Rogato mudou-se para a cidade com sua fotografia e uma câmera cinematográfica, instalando seu ateliê na rua 15 de novembro, 89. Como trazia uma inovação em sua bagagem, o italiano logo recebeu o prestígio do governador de Alagoas, da imprensa e dos exibidores locais. E foi o primeiro a realizar produções audiovisuais em nosso Estado.
1921 à 1973
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