Texto: Roseane Monteiro*
Roseane Monteiro nos encaminhou essa curadoria para compartilharmos.
Papa Sururu (1989)
Este filme é um registro, é um documento sobre a nossa relação anfíbia com a Laguna Mundaú. Assim como, tem equilíbrio entre sentido e forma fílmica.
Monstro Que Nada (2015)
Esse documentário subverte o próprio gênero. Monstro Que Nada é subversivo, tem humor ácido e critica os problemas da cidade de Maceió.
Angelita (2016)
Esse filme é sensível e delicado. Trata do conhecimento de Dona Angelita sobre benzer, essa prática está introjetada na cultura e na religião popular que infelizmente está acabando. Com uma bela fotografia, o filme é um documento para a posteriori.
Cidade Líquida (2015)
Maceió e suas dualidades. Esse filme trabalha com contraste: a praia e a laguna, a comunidade da Sururu de Capote e a orla da Ponta Verde. O documentário vale a discussão e a reflexão sobre o “paraíso” das águas.
Trem Baiano (2016)
Esse filme é um híbrido, pois registra e inventa a cidade de Carcará. Com uma narrativa que mistura documentário e ficção científica. Dessa maneira, o filme tem personagens carismáticos e cheios de humor e todos precisam pegar esse trem.
A Noite Estava Fria (2017)
Essa ficção retrata um encontro de um casal que namora a distância. O filme tem protagonistas LGBTQ+, ou seja, tem uma representatividade importante e além de contribuir com outras narrativas que fogem dos finais trágicos e violentos. A Noite Estava Fria se propõe em aprofundar nos sentimentos dos personagens, na solidão e de como estamos juntos e ao mesmo tempo separados, e atormentados com insônias dessa vida contemporânea. O filme tem um rigor técnico no uso da fotografia e da trilha sonora como linguagens mais proeminente, além de ter Sofia Coppola com influência.
*Roseane Monteiro é mestra em História pela Ufal, faz documentários, pesquisa sobre a relação cinema-história, leciona, é colaboradora do Alagoar e integra o Mirante Cineclube.
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