“Reprodutor de showmício”: Cineasta de Maceió critica ausência de políticas audiovisuais

Texto: Ylailla Moraes* / Jornal de Alagoas Imagem: Rede Social

Além disso, Leonardo fez uma breve manifestação contra a atuação da mineradora Braskem na cidade de Maceió

Na 56ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o diretor alagoano Leonardo Amorim fez críticas à atuação da Prefeitura de Maceió em relação aos investimentos na área cultural. O ato foi realizado durante a estreia de seu filme “Queima Minha Pele”.

O filme, contemplado por um edital de 2019, ainda na gestão anterior, foi lançado neste ano de 2023. Em seu discurso, o cineasta fez duras críticas ao que chamou de “incompetência e irresponsabilidade municipal”, da atual Prefeitura de Maceió.

Leonardo reclamou das políticas culturais e audiovisuais, segundo ele, ausentes, na gestão do prefeito João Henrique Caldas, o JHC, eleito em 2020. Amorim apontou para a falta de iniciativas e investimentos, ressaltando que, o órgão responsável. no caso a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), tornou-se “um reprodutor de showmícios, investindo milhões em grandes eventos populares e religiosos que trazem vantagens eleitorais para o prefeito “, e ainda completou: “Infelizmente, desde que o prefeito, João Henrique Caldas, o JHC, foi eleito, em 2020, nenhuma política voltada para o audiovisual foi lançada pela sua gestão.”.

Além disso, Leonardo fez uma breve manifestação contra a atuação da mineradora Braskem na cidade de Maceió, ressaltando os resultados desastrosos causados pela extração de sal-gema na região: ”é uma coisa que assombra a gente desde 2018, mas que vem tomando o contexto nacional e vem sendo falado e completa: “A gente quer que vocês continuem falando sobre e que não esqueçam do maior crime ambiental em área urbana do mundo.”

Ticiane Simões, atriz e preparadora de elenco do filme, durante a cerimônia, juntamente com Leonardo, leu um discurso expondo as críticas ao edital lançado em novembro deste ano, segundo o texto que foi declarado na cerimônia, o edital foi publicado contendo dezenas de erros e a ausência de uma plataforma de inscrições adequada.

Simões também ressaltou a falta de tempo para avaliação dos projetos, uma ilegalidade que vai contra as cotas preconizadas pela lei. Além disso, enfatizou a importância da retificação do edital Paulo Gustavo em Maceió, ainda pedindo à prefeitura que atenda aos pedidos da comunidade, ampliando prazos e fornecendo mecanismos mais democráticos de acesso.

“Estamos usando esse espaço para cobrar que a prefeitura cumpra a lei e retifique o edital Paulo Gustavo na cidade de Maceió, que atenda os pedidos da comunidade e amplie os prazos e forneça melhores e mais democráticos mecanismos de acesso aos recursos recebidos por meio da lei, que é reverberação de muita luta no Brasil inteiro.”, disse ele.

Ao fim do discurso, a atriz ainda pediu aos presentes que compartilhassem os vídeos da cerimônia nas redes sociais, marcando o prefeito JHC, para pedir respostas sobre a situação exposta, e finalizou afirmando que os responsáveis citados “só trabalham após uma pressão midiática”.

*Estagiária sob supervisão

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