Texto: Assessoria/Mostra Sururu. Fotos: Vanessa Mota.
Após uma maratona que exibiu 29 filmes e nove videoclipes, e realizou série de atividades paralelas, a Mostra Sururu de Cinema Alagoano – Edição comemorativa de 10 anos se encerrou no último domingo (15) com uma cerimônia tomada por forte comoção.
A noite teve início com uma apresentação dos membros da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas (ABD&C/AL), que subiram ao palco para relembrar os encontros e articulações que possibilitaram a criação do evento, em 2009.
Conduzida com muita desenvoltura pela atriz e performer Joelma Ferreira, a cerimônia reservou também espaço para uma apresentação dos representantes do Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano (FSAL), que lotaram o palco evidenciando a atual força e representatividade da entidade.
Como tem acontecido tradicionalmente, as homenagens representaram os momentos mais emocionantes da noite. A equipe do Mirante Cineclube preparou um texto para ressaltar a generosidade de Marcos Sampaio, coordenador do Arte Pajuçara.
Na sequência foi a vez do próprio Marcão apresentar a homenagem ao crítico de cinema Elinaldo Barros, que foi ovacionado pela plateia. Em sua fala Elinaldo teve a oportunidade de compartilhar muitas de suas memórias com o público, contribuindo para a compreensão histórica do momento em que o cinema vive hoje.
A Mostra Sururu de Cinema Alagoano – Edição de 10 Anos é uma realização do Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano e conta com produção do Saudáveis Subversivos, com patrocínio da Prefeitura de Maceió, da Algás (por meio do Prêmio Algás Social), e do Sebrae Alagoas. O evento conta com as parcerias do Centro Cultural Arte Pajuçara, do site Alagoar, do Mirante Cineclube, da Casa Sede e da Escola Técnica de Artes da Ufal. Além do apoio cultural da Universidade Estadual de Alagoas.
A comissão de seleção foi composta pela roteirista e educadora audiovisual Elizabeth Caldas, pela pesquisadora e realizadora Nadja Rocha, e pelo crítico de cinema, cineclubista e mestre em filosofia Chico Torres. Em carta, a curadoria comenta o resultado do trabalho.
O júri oficial da mostra, que concedeu os prêmios, é composto por Luciana Oliveira, mestre em cinema e narrativas sociais pela Universidade de Sergipe, cineasta e co-idealizadora do Egbé – Mostra de Cinema Negro de Sergipe; por Daniela Fernandes, produtora executiva e co-fundadora do NordesteLab, plataforma de articulação audiovisual que acontece anualmente em Salvador/BA; e por Letícia Santinon, que atua na área de curadoria e programação de cinema, com passagem pela distribuidora vitrine filmes. Atualmente é responsável pela gestão e programação do circuito spcine e spcine play.
PREMIAÇÃO
Filme: Ilhas de Calor, de Ulisses Arthur
Direção: Direção coletiva de Ana Terra
Roteiro: Paulo Silver e Rafhael Barbosa, por Trincheira
Fotografia: Rita Moura, por Branco da Raiz
Som: Tambor ou Bola
Montagem: Glauber Xavier, por Nas Quebradas do Boi
Direção de Arte: Nina Magalhães, em Trincheira
Atuação: Victória Tenóryo, pof Ilhas de Calor
Menção Honrosa: Ana Terra, or Ana Terra
Olhar Crítico: Colapsar, com direção coletiva
Júri Popular: Ana Terra, de Direção Coletiva
JUSTIFICATIVAS
ATUAÇÃO
O prêmio de melhor atriz considerou, para além de uma interpretação de excelente qualidade, a energia e empatia transmitida na tela, trazendo para o filme a vitalidade de uma cena alagoana pulsante e inventiva. Por esses motivos, o júri decide premiar Vyctoria Tenoryo como a melhor atriz da 10 Mostra Sururu.
E uma menção honrosa para Ana Terra.
DIREÇÃO
Uma personagem forte e irreverente. As nuances de uma cidade do interior de Alagoas em falas que marcaram uma vida. Mas esse texto não é sobre a personagem.
Cinema é equipe, é coletivo, é construção. a ideia da direção em cinema, historicamente focada na figura individual que pensa e executa o filme a partir da sua genialidade, vem sendo revista atualmente. felizmente. assistir tantos filmes com direções coletivas, demonstra que o cinema é vivo e que nenhum conceito é definitivo. felizmente. diante de direções coletivas executadas com qualidade, o júri decide premiar o filme Ana Terra como melhor direção da 10 mostra sururu.
FILME
Entrar no universo escolar é revisitar um período em que vivenciamos momentos de dores internas pela construção de nosso ser e pelas relações com os outros. No silêncio do olhar e na força poética da palavra, Fabrício nos diz o que queima dentro.
O prêmio vai para Ilhas de Calor.
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