Crítica: O Saldo da Guerra (dir. Mário Zeymison)

Texto: Cristiana da Costa Maia. Revisão: Larissa Lisboa.

Quebrando os dentes

O curta, O saldo da guerra, de Mário Zeymison se propõe a narrar o período de eleição de 2018 no Brasil a partir de depoimentos que embora fictícios são extremamente reais.

O filme toca, sensibiliza e traz à memória do espectador a eleição mais polarizada de todos os tempos. A mais danosa, a qual trouxe tantos mortos quanto o Vietnã, o Afeganistão e foi tão tóxica quanto Chernobyl.

O tempo todo uma pergunta pairava pelo cinema: como pode caber em um minuto de filme um ano inteiro? mundos inteiros? universos paralelos projetados de dois países coexistindo em um só? “duas Alemanhas , duas Coréias” uma separação sem muros. Tanto equívoco, tanta raiva destilada, tanta verdade distorcida, tantas relações despedaçadas!

Um minuto de silêncio por favor! pois entre mortos e feridos ninguém foi encontrado, nem mesmo a paciência. E deste modo, no filme mais curto da noite foi encontrada a experiência mais intensa e reveladora. Talvez porque também assim é o cinema alagoano.

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