MAIS DE 30 MIL ACESSOS: 11 EDIÇÃO DA MOSTRA SURURU CHEGA AO FIM ULTRAPASSANDO RECORDES

Texto: Mostra Sururu de Cinema Alagoano. Imagens: Divulgação

Após uma semana intensa de exibições, mesas, oficinas e debates, a Mostra Sururu de Cinema Alagoano encerra sua décima primeira edição. Disponível online, com 30 filmes divididos entre a Mostra Oficial – Filmes do Fim do Mundo e a Mostra Especial – Filmes das Margens, além da exibição do longa-metragem alagoano Cavalo (2020), levando o cinema alagoano para o mundo todo.

Foram quase 31 mil (30.911) acessos durante seis dias de exibições virtuais dos filmes de realizadores alagoanos. Países como os Estados Unidos, Espanha, Venezuela, França e Portugal estão entre as nacionalidades que mais acessaram nossos filmes. Os estados brasileiros que mais assistiram a Mostra Sururu foram Alagoas, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraíba.

“Os números desta edição superaram as expectativas já nas inscrições,  quando ultrapassamos o número de 70 filmes enviados. Destes, 30 foram selecionados pela comissão de curadoria para compor a Mostra. O que mais uma vez se estabeleceu como recorde, pois, em nenhuma outra edição se exibiu tantos filmes. Agora, ao final da primeira edição online alcançamos mais de 30 mil visualizações por todo o Brasil e mundo. Mérito da cinematografia alagoana. E as mesas e espaços de formação e de debate foram salvas e estão disponibilizadas no canal da Mostra Sururu no YouTube, que alcançou mais de 15 mil visualizações na última semana”, diz Maysa Reis, uma das produtoras da mostra.

A Mostra Sururu de Cinema Alagoano é uma realização do Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano, com produção da Cacto Facto e patrocínio do Sebrae Alagoas. Contamos também com o apoio do Mirante Cineclube, da Casa Mutum, do Ctav, da Casa Sede, da Cinepopeia, do Restaurante Lua Cheia, do Animal Coletivo, do Restaurante Serafim, da Caatinga Rocks, do Galpão 422 e do Alagoar.

A Mostra Oficial – Filmes do Fim do Mundo trouxe o tema da pandemia para a realização dos alagoanos. Filmes que abordavam o isolamento, a covid-19, a angústia de 2020, foram as obras que concorreram a prêmios nesta edição inédita. Os premiados foram: Encanto Desencanto Encanto (2020), Visão das Grotas (2020), Subsidência (2020), Círculos (2020) e À Espera de um Milagre (2019).

Esta edição homenageou a realizadora e produtora cultural, Dalva de Castro, primeira mulher a ser homenageada pela mostra sururu e que, infelizmente, nos deixou este ano. Dalva esteve à frente da associação Amigos de Piaçabuçu – Olha o Chico em Alagoas, criada em 1999. Foi primeira alagoana contemplada em um edital nacional de incentivo à produção audiovisual, no Edital Revelando os Brasis, com o documentário Borboletas (2005). Um marco ainda importante nas ações afirmativas de gênero no âmbito de editais.

A comissão de curadoria foi composta pela atriz e produtora cultural Joelma Ferreira, pelo pesquisador e realizador audiovisual Janderson Felipe e pela gestora cultural Rosana Dias. Já o Júri Oficial desta edição foi formado pela diretora e produtora baiana Thamires Vieira, o realizador e sócio-fundador da produtora Filmes de Plástico, o mineiro Gabriel Martins e a diretora adjunta do Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, a curadora paulistana Beth Sá Freire.

Os prêmios:

MELHOR FILME

Encanto Desencanto Encanto, 2020, Ficção, 14’32”, Ulisses Arthur, Viçosa

“O curta de Ulisses Arthur consegue ir além dos códigos esperados para a temática em questão se reter apaixonadamente à imagem de sua família e as possibilidades a partir dos rostos, do ofício e da passagem do tempo. Cada plano examina com calma o espaço e o movimento e assume, sem pudor, referências românticas de representação. Um filme contextualizado mas que emana sensações para além das prisões da nossa situação global atual, sendo uma manifestação potente do que o cinema alagoano e brasileiro pode ser.”

CONTRIBUIÇÃO POLÍTICA

À espera de um milagre: relatos de sonhos perdidos de frente para a lagoa, 2019, Documentário, 5’59”, Géssika Costa e Vítor Beltrão, Maceió

“Não se tem e se sabe, quem mora aqui não é lixo. O #ficaemcasa não funciona. A espera de um milagre se destaca dentro do conjunto de “filmes pandêmicos” por nos permitir ver e ouvir. A montagem, os personagens, a vinheta de fundo, a consciência e resiliência da comunidade que resiste sobrevivendo a muito tempo em estado de emergência que vai além da atual crise sanitária. O filme recebe o prêmio de contribuição política por não se esgotar nas promessas do agora.”

CONTRIBUIÇÃO ARTÍSTICA

Círculos, 2020, Experimental, 02’15”, Lucas Litrento, Maceió

“Um depoimento artístico cheio de inventividade sem ser indiferente ao espaço-tempo, assumindo com destreza uma estética própria e um conjunto de referências que nos tira do lugar individual, é o que Lucas Litrento consegue fazer em Círculos em que nos apresenta seu irmão, assim aproximando o mundo que se confere passado presente e futuro.”

MELHOR PERFORMANCE

Visão das grotas, 2020, Documentário, 26’57”, Direção Coletiva, Maceió

“Aos personagens de Visão das Grotas.

Este prêmio plural reforça a importância da coletividade enquanto construção de um projeto social cinematográfico. Neste caso, um personagem levanta a bola para o outro e conseguem, por fim, se completar. O filme elogia a existência destas pessoas e convoca o público e a política para olhar e reconhecer estas vidas, suas perspectivas e potências.”

PRÊMIO OLHAR CRÍTICO

Subsidência, 2020, Híbrido, 07’11”, Beatriz Vilela e Marcus José, Maceió

“Nós, do júri crítico, formado pelo laboratório de crítica cinematográfica dessa 11ª edição da Sururu, ficamos encarregados de premiar um filme da Mostra Competitiva na categoria “Olhar Crítico”. Corroborando com o olhar da curadoria e em razão do contexto pandêmico que se faz urgente relatar e denunciar as dificuldades enfrentadas nesse período, decidimos premiar, por apresentar caráter híbrido ao conjugar aspectos ficcionais, políticos e documentais, denunciando a realidade retratada, pela relação complementar entre o som, o silêncio e a imagem, além da representatividade feminina na direção, o filme “Subsidência”.”

PRÊMIO DO JÚRI POPULAR

Visão das grotas, 2020, Documentário, 26’57”, Direção Coletiva, Maceió

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