Cobertura: Circuito Penedo de Cinema 2020

Texto: Rosana Dias. Revisão: Larissa Lisboa. Imagem: Circuito Penedo de Cinema.

 O Circuito Penedo de Cinema comemorou sua 10ª edição, realizado de 23 a 29 de novembro de 2020, tendo em sua programação as realizações do 13º Festival do Cinema Brasileiro, 10º Festival de Cinema Universitário, 7ª Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental, a Mostra de Cinema Infantil,  a Mostra Sururu de Cinema Alagoano, e a Mostra de Longa-Metragens Nacionais.

A abertura do Circuito ocorreu no Cine São Francisco, que estava com programação para todos os dias do evento devido sua reinaguração, mas não pôde assim o realizar devido sua interdição por meio do 6º Grupamento de Bombeiros Militar de Penedo, ocorrida no dia 26/11, na quinta-feira. Com uma programação híbrida, exibição online e presencial, realizada tanto no Cine São Francisco quanto na Praça 12 de abril. Os vencedores foram anunciados dia 29/11. Júri composto por Bertrand de Souza Lira, Ceci Alves dos Santos e Heleno Bernardo Campelo Neto na mostra Festival do Cinema Brasileiro; Alexandre Soares Taquary, Carolinni de Assis e Thiago Marques de Figueiredo na mostra Festival de Cinema Universitário de Alagoas; e Cláudio Sampaio Buia, Camilla Porto e Devyd Santos na mostra Velho Chico de Cinema Ambiental.

O 13º Festival do Cinema Brasileiro contou em sua programação com filmes de diversos Estados, dois deles de Alagoas, os filmes Ana Terra, direção coletiva, e Trincheira, de Paulo Silver. Foram 16 filmes com diversas temáticas, e gêneros, da animação Apneia, de Carol Sakura (PR), à ficção científica Os Últimos Românticos do Mundo, curta LGBTQ+ pernambucano de Henrique Arruda. Egum, de Yuri Costa (RJ) com prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular e A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (SC) com  Melhor Filme pelo Júri Oficial.

Dentre os filmes no 10º Festival de Cinema Universitário tivemos Rock no Fim do Touring, da alagoana Beatriz Vilela, e os aqui produzidos Colapsar, de direção coletiva, A Três Andares, de Bruna Teixeira, e A Barca, de Nilton Resende, tendo os dois últimos recebido Menção Honrosa. Segue o Baile, de Iury Santos e Gabriel Ribeiro (RJ), premiado como Melhor Filme no  Júri Popular, Reduto, de Michel Santos (BA) Melhor Filme no Júri Oficial.

O filme alagoano Mangue, Herança Natural, de Thales Pereira, esteve na 7ª Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental, uma mostra composta por filmes experimentais, animação e ficção-suspense. Filmes que denunciaram o desmatamento, descaso socioambiental,  genocídio indígena, seca, o poder da natureza e dos seres encantados, a conciliação e conscientização do ser humano sobre o espaço que ocupa.  Castanhal, de Marques Casara e Rodrigo Simões Chagas (SP) foi vencedor do prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular, 2019: O ano que a impunidade virou regra, de Tiago Galan Mazurkevic (RJ) levou como Melhor Filme pelo Júri Oficial.

O filme Cavalo, de Rafhael Barbosa e Werner Salles, único alagoano na Mostra de Longas-metragens Nacionais, teve sua primeira exibição presencial em Alagoas, o público presente também pode acompanhar o bate-papo com os realizadores na Praça 12 de Abril, mesmo local de exibição do filme. Estiveram presentes na sessão o elenco do longa.

Aguardamos que em 2021 o Cine São Francisco, famoso por receber o festival nas décadas de 1970 e 1980, seja entregue à comunidade. E que haja espaço maior, bem como premiações para as produções alagoanas, que com resistência e garra têm insistido em produzir, fato comprovado na inscrição para a Mostra Sururu 2020 que recebeu mais de 70 filmes inscritos. A produção audiovisual no interior do Estado esteve crescente nos últimos dez anos, tendo Arapiraca, Palmeira dos Índios e Teotônio Vilela participando com seus filmes em Mostras e Festivais tanto no Brasil quanto no exterior.

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