Alagoano Luciano Pedro Jr concorre ao Kikito de melhor ator em Gramado pelo filme “Carro Rei”, de Renata Pinheiro

Fonte: Sinny Assessoria e Comunicação (com Informações adicionais da assessoria da La Ursa Cinematográfica)

O jovem ator Luciano Pedro Jr (23) estreou aos 17 anos no curta-metragem “Avalanche”, do arapiraquense Leandro Alves. Desde então tem acumulado participações em curtas e longas-metragens nacionais que devem estrear em breve, a exemplo de “Serial Kelly”, de René Guerra, “Paterno”, de Marcelo Lordello, e “Fim de semana no Paraíso Selvagem”, de Pedro Severien.

Seu primeiro papel como protagonista veio com Uno, em “Carro Rei”, de Renata Pinheiro (“Amor, Plástico e Barulho”). Orgulho alagoano, o jovem ator concorre ao Kikito de melhor ator em 2021 pelo personagem, disputando com nomes como Rocco Pitanga, Otávio Muller e Paulo Miklos, entre outros.

A premiére mundial do filme aconteceu no último Festival de Cinema de Rotterdam, e a estreia brasileira será no 49ª edição do Festival de Cinema de Gramado, dia 18 de agosto, com exibição pelo Canal Brasil e na Globo Play, às 21h30.

Pela segunda vez consecutiva o evento não será presencial, em decorrência da pandemia de covid-19, a competição pelo troféu Kikito começou no último dia 13 e vai até o dia 21 de agosto.

O elenco da produção também conta com a alagoana Ane Oliva, que recentemente venceu o prêmio de melhor atriz no Holidays 365 International Film Festival, na Califórnia, pelo seu desempenho no curta-metragem “A Barca”.

SOBRE O FILME

Em “Carro Rei”, Luciano interpreta um rapaz com a habilidade de conversar com carros, e um carro com ideias totalitárias. Uno ganha esse nome em homenagem ao primeiro carro adquirido por seus pais, e no qual ele nasceu a caminho da maternidade. Uno, desde criança, fala com esse mesmo carro, e o considera como seu melhor amigo. Um acidente trágico separa os dois: Uno se torna um jovem ativista ambiental, enquanto o carro é despachado para o ferro-velho do seu tio Zé Macaco (Matheus Nachtergaele), um mecânico com ideias mirabolantes.

“É uma obra que trará debates políticos urgentes, sobre como o mundo está configurado e vem avançando numa lógica perversa, e em contrapartida como podemos rebater a isso com soluções práticas e repensando nosso modo de vida. Foi uma grande experiência fazer um filme tão forte, lindo e potente com uma equipe incrível”, diz Luciano.

Desde Roterdã o filme vem participando de diversos festivais ao redor do mundo e colheu diversos elogios. A revista on-line Slant destacou a performance de Nachtergaele, classificando-a como “extraordinária”. Carlos Alberto Mattos, na Carta Maior, disse que “não faltaram coragem e capacidade de invenção a Renata Pinheiro e sua equipe. […] A  direção de arte transborda criatividade, o aparato de luz e cores é estimulante, e o som faz um espetáculo à parte com seus hibridismos de voz e ronco de motor.” Já o jornal português Público apontou o filme como “Christine vai a Caruaru e Antonioni ao sertão” – em referência ao clássico romance de terror de Stephen King, e ao famoso cineasta italiano, conhecido pelos seus filmes de temática existencialista.

No início dos anos 2000, o nascimento de uma criança dentro de um carro 0km recém-saído da concessionária, provoca um evento fantástico. O bebê cresce e se torna uma espécie de criança transumana que tem a habilidade de se comunicar com carros. Ele é Uno da Silva (Luciano Pedro Jr).  Uno e o carro “crescem” juntos e são melhores amigos, ao lado de Zé Macaco, seu tio, um mecânico de ideias pouco convencionais. Mas um acidente os separa. A criança se torna um jovem ativista ambiental, afastando-se de seu dom único e da tradição familiar. O carro é exilado junto com Zé Macaco num ferro-velho desativado.

Para a diretora, em sua obra, “qualquer coisa pode se transformar em personagem quando entende-se que a linguagem visual tem o mesmo poder de comunicação que o diálogo falado. Portanto, tento economizar palavras porque gosto mais quando a encenação já é o bastante para a construção da narrativa do filme. Em Carro Rei esses objetos inanimados, os carros, que já são presentes nos sonhos e histórias pessoais da maioria dos brasileiros, são trazidos para a vida real. Fazem parte da prole humana. E neste caso até ganham voz.”

Neste longa, Renata Pinheiro volta a trabalhar com o diretor e roteirista Sergio Oliveira, com quem trabalha desde meu primeiro curta (“Superbarroco”), e com quem codirigiu vários filmes; contou também com Fernando Lockett, cinegrafista argentino com quem trabalhou em “Amor, Plástico e Barulho”. No elenco estão o grande ator Matheus Nachtergaele, Jules Elting  de “O ornitólogo”, um ator transgênero, não binário, da Alemanha de carreira sólida no teatro e há alguns anos emergente no cinema internacional de arte, além dos atores jovens e talentosos Luciano Pedro Jr e Clara Pinheiro.

A distribuição de “Carro Rei” é da Boulevard Filmes.

Sinopse

Uno tem um dom fantástico: ele consegue se comunicar com carros. Quando uma nova lei proíbe a circulação de carros velhos, e coloca a empresa de táxi do seu pai em perigo, o rapaz busca orientação com seu melhor amigo de infância, um carro de inteligência extraordinária. Junto com seu tio, um mecânico inventivo, eles armam um plano para burlar a lei, transformando carros velhos em “novos”. O carro renasce e seu nome é Carro Rei – um carro que pode falar, pode ouvir, pode até se apaixonar. Um carro que tem planos para todos.

SERVIÇO

O quê: Exibição de Carro Rei, de Renata Pinheiro, no 49ª edição do Festival de Cinema de Gramado
Onde e quando: No Canal Brasil e na Globoplay, dia 18 de agosto, às 21h30

Ficha Técnica
Direção: Renata Pinheiro
Produção:  Sergio Oliveira
Produtora: Aroma Filmes
Produção Executiva: Carol Ferreira, Sergio Oliveira
Roteiro: Sergio Oliveira, Leo Pyrata, Renata Pinheiro
Direção de Fotografia: Fernando Lockett
Direção de Arte: Karen Araújo
Edição: Quentin Delaroche
Edição de Som/Mix: Guile Martins
Trilha Original: Dj Dolores
Diretor Assistente: Sergio Oliveira
Preparação de Elenco: Raissa Gregori
Casting: Marcelo Caetano
Elenco Principal: Matheus Nachtergaele, Luciano Pedro Jr, Jules Elting, Clara Pinheiro, Adélio Lima, Ane Oliva
Voz do Carro Rei: Tavinho Teixeira
Gênero: fantasia, drama
País: Brasil
Ano: 2021
Duração: 97 min.

Sobre Renata Pinheiro

RENATA PINHEIRO é cineasta e artista brasileira. Graduada em artes visuais pela UFPE, foi artista residente na John Moore University, Inglaterra; e estudou no INA (Institut Nacional de L’Audivisuel), França. Partindo da premissa da universalidade da linguagem visual, Renata tem como característica de suas obras a criação de narrativas emocionais elaboradas a partir de construções imagéticas ousadas e vigorosas.

Em 2020 lança o curta MANSÃO DO AMOR na Mostra de Tiradentes. O curta é premiado com melhor direção no Bangalore Film Festival, Índia 2020.

Em 2018, Renata, em codireção com Sergio Oliveira, estreou o longa AÇÚCAR no IFFR (Festival de Roterdã, Holanda). Recebeu prêmio de Melhor filme pelo júri da crítica no Festin Lisboa, Pt, 2018 (Festival de Cinema da Língua Portuguesa).

Seu primeiro longa, AMOR, PLÁSTICO E BARULHO (2013), estreou no Festival de Brasília recebendo três prêmios. O filme também foi exibido no IndieLisboa (Portugal) e ABRAFFTY Fest (Canadá), onde ganhou os prêmios de melhor filme, melhor diretor, melhor atriz e atriz coadjuvante.

PRAÇA WALT DISNEY recebeu prêmio de melhor filme no San Diego Film Fest, EUA, além de mais de 50 prêmios em festival do mundo.

SUPERBARROCO, seu primeiro curta, estreou no Festival de Cannes – Quinzena dos Realizadores, 2009, e recebeu mais de 45 prêmios ao longo da sua carreira. Seu mais recente trabalho como diretora de arte foi para ZAMA, de Lucrecia Martel, pelo qual ganhou diversos prêmios como Fênix e Platino. Renata Pinheiro vive e trabalha em Recife, Brasil.

Sobre a Boulevard Filmes

A Boulevard Filmes é uma produtora e distribuidora audiovisual que busca o equilíbrio entre projetos autorais e demandas de mercado, focando em estratégias de produção e de distribuição compatíveis com cada projeto. Entre seus lançamentos comerciais estão os longas “Amor, Plástico e Barulho” (Renata Pinheiro), “Histórias que nosso cinema (não) contava” (Fernanda Pessoa) , “Legalidade” (Zeca Brito), “Açúcar” (Sergio Oliveira, Renata Pinheiro) e “Sol Alegria” (Tavinho Teixeira) este último com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2021.

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