Crítica: Infantaria (dir.: Laís Santos Araújo)

Texto: Jonathas Alves. Revisão: Kátia Barros

Infantaria vai muito além de ser apenas um curta-metragem; é uma celebração do talento alagoano e da narrativa feminina. Sob a direção de Laís Santos Araújo, com 24 minutos de duração, somos imersos em uma jornada através dos olhos de Joana, uma criança que está completando 10 anos e que anseia crescer, enquanto Verbena, que não fazia ideia da festividade, surge buscando ajuda. A mãe de Joana se vê diante do desafio de conciliar a festa de aniversário de sua filha com a necessidade de ajudar Verbena.

A narrativa é habilmente construída através da lente da fantasia infantil, mergulhando profundamente na mente de Joana enquanto ela navega entre a infância e o desejo de crescer. O uso de cores e uma atmosfera mágica fazem o espectador se conectar com a perspectiva de uma criança.

Cuidadosamente construída, destaca a contrastante realidade de Joana e Verbena, destacando a precocidade das pressões sociais enfrentadas pelas mulheres desde cedo. A violência subjacente na história é transmitida de forma impactante, utilizando recursos inteligentes para sugerir o que está acontecendo sem recorrer às cenas explícitas.

“Infantaria” é uma prova do talento de Laís Santos Araújo e da riqueza criativa que emana de Alagoas. Além de simplesmente entreter, este curta-metragem convida à reflexão sobre questões cruciais. É uma produção que merece aplausos e reconhecimento, não apenas por sua qualidade técnica e artística excepcionais, mas também por seu impacto social e cultural. É uma experiência gratificante prestigiar uma obra tão significativa que brilha tanto no cenário cinematográfico quanto na representação das mulheres e da nossa região.

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