Crítica: Memórias de quando metemos o pé na estrada (dir. Weslley Oliveira)

Quem nunca sonhou em deixar tudo para trás e viajar pelo mundo afora? Weslley e seus colegas nos oferecem esta experiência através de uma câmera e muita aventura. E aqui vale destacar o poder que uma câmera pode desenvolver na sociedade podendo fazer exames críticos da realidade até apresentar o mais íntimo do ser. O curta-metragem Memórias de Quando Metemos o pé na Estrada reúne o mais intrínseco do ser.

As fotografias eternizam os pequenos detalhes que seriam efêmeros na memória, por exemplo, o primeiro teste de Odara ao subir a ladeira, cheia de desafio. Mas nem um “atolamento” seria capaz de arruinar o bom humor dos jovens, aliás, bom humor não falta ao longo da viagem. As passagens vão além de mostrar a beleza brasileira, elas nos apresentam os integrantes nas suas subjetividades e os efeitos são marcantes, pois dá forma ao intrínseco de cada um deles, que ao longo da viagem mescla-se e separa-se, em um movimento nada linear.

A escolha de usar a câmera como metáfora de um olho é satisfatória, pois nos proporciona um sentimento de proximidade com os objetos filmados. A combinação entre passagens e a metáfora cria um clima bucólico, uma sensação de alívio para a agitação da vida urbana. Os objetos filmados ganham uma fisionomia, fundamental para dar forma ao ato subjetivo que orienta o curta-metragem. Tudo isso com simplicidade e precisão.

Memórias de Quando Metemos o Pé na Estrada é um filme sobre histórias e memórias que tem um clima bucólico e íntimo. Mas também, um registo particular acerca da amizade e da aventura. A simpatia e simplicidade das gravações são um convite para esquecer nossas ninharias e embarcar em uma aventura pelo Brasil afora e adentro, conhecer novos lugares e novas pessoas ou apenas vivenciar tudo isso assistindo esse curta-metragem, não é preciso sair de casa para viajar.

Filme visto no Seridó Cine.

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