Persistência cineclubista, uma entrevista com o Mirante Cineclube

Perguntas: Larissa Lisboa e Karina Liliane. Repostas: Tatiana Magalhães, Roseane Monteiro e Beatriz Vilela.

O desejo de iluminar olhares permeou a criação de inúmeros cineclubes em Alagoas. É possível que você já tenha ido à exibição de algum deles, ou que mesmo que não tenha tido acesso, ao menos tenha ouvido falar. Temos alguns deles cadastrados, no entanto, a trajetórias dos cineclubes alagoanos ainda precisa ser pesquisada, registrada e preservada.

O Mirante Cineclube em sua primeira exibição em março de 2017 propôs um bate-papo com Hermano Figueiredo e Larissa Lisboa para dialogar sobre cineclubismo, uma forma de conectar a trajetória que o Mirante passou a construir com a construída por outros cineclubes. Em seu mês de aniversário, assim como em tantas outras sessões e ações o Mirante se propõe a refletir e a dialogar sobre o cinema.

Composto por onze componentes (vide minibios abaixo), o Mirante Cineclube foi criado sem recursos e sem fins lucrativos, ocupando o cinema do Centro Cultural Arte Pajuçara. E tendo realizado ações formativas como o Laboratório de Crítica Cinematográfica em 2017 (em parceria com o Sesc Alagoas) e em 2019 (em parceria com a Mostra Sururu de Cinema Alagoano), foi parceiro do Sesc Alagoas entre 2017 e 2019, realizando Grupos de Estudos e a monitoria do Laboratório de Crítica Cinematográfica de 2018. Atuou junto a La Ursa e Bagaceira Filmes no programa Lugar de Cinema da TV Educativa. É um dos oito cineclubes de Maceió contemplados no Edital do Audiovisual de Maceió 2019.

Como forma de somar a esse diálogo compartilhamos essa entrevista, que é um convite para que você conheça e reconheça este cineclube que celebra três anos com sua Virada Miranteira – Mulheres do Nordeste no dia 07 de março de 2020 no Centro Cultural Arte Pajuçara (com entrada gratuita), mais informações.

Larissa Lisboa: Como surgiu o Mirante Cineclube?

Tatiana Magalhães: Após o Laboratório de crítica cinematográfica realizado pelo Sesc em dezembro de 2016, fomos provocados pelo instrutor, André Dib, a criar um cineclube, e lançamos a proposta no final da Mostra Sururu daquele ano, após uma conversa com o Marcão, do Arte Pajuçara, que topou a proposta e nos concedeu o horário de 14h, o primeiro sábado do mês. Éramos sete participantes, apenas dois deles não continuam no Mirante. Na primeira reunião, outras pessoas participaram e algumas continuaram efetivamente. No total, entraram seis novos integrantes. Desde o final de 2017, onze pessoas integram o Cineclube.

Roseane Monteiro: O Mirante surgiu no palco da Mostra Sururu de 2016 no Centro Cultural Arte Pajuçara e foi formado pelos alunos do curso do Lab de Crítica do Sesc. Não participei do curso na época e vi o surgimento do cineclube da platéia, foi emocionante. Posteriormente uma das integrantes fundadoras, Beatriz Vilela me convidou para a primeira reunião em janeiro de 2017. E estou até hoje.

Beatriz Vilela: além do impulso dado por André Dib, no Lab de Crítica, outro elemento que também impulsionou o surgimento do Mirante Cineclube foi a necessidade de chamar a atenção para a importância do Centro Cultural Arte Pajuçara na cidade. Na ocasião o cinema estava passando por uma crise e estava convocando a sociedade a contribuir com o espaço. Assim, também apostamos na atividade cineclubista como uma forma de ocupar e resistir esse espaço de exibição fundamental para o cinema alagoano.

LL: Como é a relação dos membros do Cineclube dentro e fora do Mirante com o cenário audiovisual local?

TM: A maioria tem participação direta na produção audiovisual, ao produzir, dirigir, roteirizar, e integrar equipes de produção dos filmes, além de também participar do Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano – FSAL. Outros participam através de produção de críticas, debates e curadorias. Há, na própria seleção de filmes do cineclube, uma preocupação em contemplar o debate e promover a divulgação das produções alagoanas. Desde 2017, o Mirante tem sido parceiro da Mostra Sururu e do Alagoar na realização do Laboratório de Crítica Cinematográfica, e em 2019 o Mirante, através de alguns integrantes, participou diretamente da curadoria, redação, revisão e produção do programa Lugar de Cinema, na TV Educativa, com a apresentação de Thame Ferreira, também integrante do Mirante.

RM: O Mirante vai completar 3 anos de atividades em março e ele é um cineclube que tem em seu DNA a crítica, consequentemente as ações do Laboratório de Crítica realizadas na Mostra Sururu desde 2017 pelo cineclube é um ponto interessante para o audiovisual praticado aqui no Estado. No grupo que se formou há pessoas que já participaram de outros cineclubes, já dirigiram… São pesquisadores nos diversos campos do conhecimento e são cinéfilos em graus diferentes. (rsrsrsrs) E que o cineclube nos deixou mais atuantes no cenário, principalmente depois da Mostra Quilombo de Cinema Negro que foi realizada sem nenhum recurso financeiro. E também tem os ganhos individuais dos integrantes, cito o Chico Torres que começou a escrever críticas para a revista Multiplot e no campo da produção em audiovisual, Lucas Litrento e Leonardo Amaral que ganharam o edital da Fundação Municipal de Ação Cultural – FMAC e por exemplo, a Tati Magalhães que é professora já participou de algumas bancas sobre cinema em Alagoas.

BV: O Mirante Cineclube está umbilicalmente conectado com a produção audiovisual local. Além da prática cineclubista, nosso engajamento está conectado com a produção de críticas, com a realização de filmes e mostras e com as pesquisas relacionadas ao universo cinematográfico. No meu caso, minha participação no Mirante me fez perceber a dinâmica da produção de filmes independentes de outro modo e me levou a ter interesse por um novo objeto de pesquisa. É também importante frisar que além do cineclube, também estamos envolvidos com outros projetos audiovisuais, com outras equipes.

Karina Liliane: De que forma vocês estão organizados para o bom funcionamento do Cineclube? 

TM: Na verdade, há uma divisão de tarefas que se estabelece pela disponibilidade, demanda e identificação de cada um. Eu, por exemplo, costumo escrever, revisar e resolver questões organizativas e financeiras e registro de reuniões. Como escrevo excessivamente, sempre precisam editar o que escrevo (rs).

RM: Existe um diálogo para saber o que cada um pode fazer principalmente o pessoal que está trabalhando. Dividimos as tarefas e fazemos as cobranças entre si. Mas sempre respeitando o tempo e dedicação de cada um. Formamos uma grande família que se divide entre o Farol e a Garça Torta. (rsrsrs)

BV: Sempre que temos uma sessão em vista checamos a disponibilidade de todos os integrantes, há períodos em que alguns estão mais atarefados com as demandas de trabalho e pesquisa, e outros estão com mais tempo livre, então depois de muito diálogo separamos funções que podem ser desempenhadas por um, dois, ou três integrantes. Não há uma fixidez nas funções, acho isso muito bacana.

LL: Como foram pensadas as curadorias das sessões realizadas nesses quase três anos de exibições mensais no Centro Cultural Arte Pajuçara?

TM: Sempre há mais de uma reunião para definir, mas temos seguido uma linha bem plural, que abarca as sessões multiculturais, sessões de homenagem a cineastas locais (Celso Brandão, Larissa Lisboa) ou consagrados (Ingmar Bergman, Agnès Varda), sessão de cinema negro (que virou Mostra em 2019), de cinema queer… Há sessões temáticas também, como durante a Copa, mês das mulheres… No geral, são feitas sugestões durante as reuniões, são escolhidas as propostas e alguém fica responsável por conseguir e testar os filmes.

RM: Fazemos uma reunião de planejamento do ano. Vemos as temáticas que são discutidas: mês do trabalho, outubro com o terror, ou homenagens à diretoras e diretores tanto do Brasil quanto do cenário internacional. E tem filmes que muitos não conhecem principalmente os filmes das sessões multiculturais e que gera debates acalorados entre os membros do cineclube. E recebemos o feedback do pessoal, “pow o Mirante só exibe filme triste”. (rsrsrs)

BV: como as meninas já falaram, seguimos temáticas mensais ou datas comemorativas relevantes para o nosso calendário local ou para o cinema mundial e nacional. Tendo em vista que um dos nossos objetivos é ampliar o acesso a outros cinemas, a outras percepções visuais sobre o mundo, priorizamos exibir produções que não chegam facilmente aos grandes circuitos de exibição. Assim, é realizado um trabalho de pesquisa sobre filmes de nacionalidades que assistimos com pouca frequência, sobre obras pouco conhecidas de cineastas clássicos, produções contemporâneas nacionais. Tentamos contemplar uma diversidade de gêneros, países, realizadores, temas.

LL: Como são realizadas as mediações após as sessões?

TM: A depender do filme e da temática, convidamos alguém para debater ou nós mesmos fazemos a mediação, geralmente designando uma ou duas pessoas para “puxar” a conversa e “soltar” aspectos relevantes do filme, geralmente os que propuseram. Tentamos sempre ouvir dos espectadores suas impressões, e com o tempo isso tem ficado mais fácil, porque as pessoas vão se soltando mais. Quando temos convidados, o caráter muda um pouco, porque há exposição seguida de perguntas, com mediação de um dos membros do cineclube.

BV: a mediação é na verdade uma grande conversa que acontece após a exibição do filme. Digo conversa, pois mesmo quando alguém do Mirante ou um convidado conduz o debate, esse momento se transforma em um lugar de trocas. Trocamos nossas múltiplas afetações proporcionadas pela narrativa. Por vezes tivemos que finalizar o debate por conta do horário, mas com muita vontade de continuar o papo. Já é possível notar um grupo de espectadores que sempre está em todas sessões, então também é o momento de revê-los e também conhecer outras pessoas.

LL: Que outras ações foram desenvolvidas pelo Mirante Cineclube além das exibições?

TM: Tínhamos um Grupo de Estudos sobre cinema em parceria com o Sesc/AL, mas que ficou difícil manter por causa dos compromissos individuais; além disso, têm as ações de que falamos mais acima: o programa Lugar de Cinema, a parceria com a Mostra Sururu, as exibições da Mostra de Cinema Negro em algumas cidades do interior (IFAL)… A própria mostra de cinema negro expandiu o olhar para outras artes – o que já havia sido feito antes, mas em menor proporção – como as artes visuais, a música e a poesia negras.

RM: A nossa primeira exibição fora do Arte Pajuçara aconteceu no ano passado, no IFAL nos campus Satuba e Arapiraca, essas sessões foram importantes principalmente por mediar um debate para um público mais novo e fora da nossa zona de conforto. O Mirante mediava o grupo de estudos em parceria com Sesc Alagoas, a gente debateu tanto as questões da forma do filme, o contexto ou as pesquisas de alguns integrantes do cineclube que tinha o cinema como temática central. O Lugar de Cinema que foi uma proposta inicial de fazer a curadoria do programa de TV e no decorrer do processo o cineclube estava no set fazendo o programa junto com a La Ursa e a Bagaceira Filmes. E a Mostra Quilombo de Cinema Negro que veio como um amadurecimento e reflexão tanto dos integrantes quanto do Mirante como um coletivo, para entender como a gente contribui para a cena audiovisual de Maceió.

BV: Ao longo desses três anos conseguimos desenvolver várias ações que materializaram o nosso desejo de reunir pesquisa, exibição e produção. Com o grupo de estudos conseguimos reunir várias pessoas interessadas em construir um debate mais teórico sobre os diferentes aspectos da linguagem cinematográfica, com os laboratórios de crítica compartilhamos nossa experiência de escrita sobre os filmes e com a produção do programa e das sessões especiais podemos aprender mais sobre o papel do curador. Agora, estamos na produção de mais uma ação diferente, vamos realizar nosso primeiro corujão, estamos muito empolgados, pois marca uma nova fase do Mirante.

LL: Como surgiu a Mostra Quilombo de Cinema Negro?

RM:Na verdade, o calendário de novembro tinha como meta fazer a segunda Sessão Especial Quilombo de Cinema Negro, essas sessões especiais são realizadas a noite no Arte Pajuçara geralmente com alguma apresentação de música, performance e exibição de filmes. Abrimos um edital de chamada para todo Brasil e países que receberam a diáspora africana para essa Sessão Quilombo. Após o fim da chamada obtivemos um quantitativo de 89 inscrições no total e decidimos organizar uma mostra na guerrilha. Com a curadoria composta por Janderson Felipe, Lucas Litrento e eu, realizamos três dias intensos de arte preta como protagonista tanto na poesia, artes plásticas, na música e no cinema.

LL: Como foi a experiência de realizar a 4ª edição do Laboratório de Crítica Cinematográfica em parceria com a 10ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano?

TM: Acredito que neste ano foi a participação mais significativa, com mais gente realmente envolvida. É uma experiência enriquecedora no sentido de troca de olhares e (des)construção de um olhar sobre o cinema, além de aproximação com a produção local. Poucos foram os que apareceram apenas nos primeiros dias, em que supostamente seria a parte teórica, e a maioria se comprometeu não apenas em assistir aos filmes da mostra, mas escrever sobre eles, chegar antes das sessões, ler e comentar os textos dos colegas. A crítica é um retorno muito positivo, seja ela positiva ou negativa, porque reflete a circulação da obra.

RM: Foi muito intensa porque foi a primeira vez que a gente se dividiu para ser instrutores e monitores. Antes a gente traziam um instrutor com experiência no campo da crítica através de uma parceria com o Sesc Alagoas ou por conta própria. E justamente no ano passado entendemos que as experiências: com a escrita de críticas, cobertura de festivais e mostras e as nossas pesquisas poderiam contribuir para fortalecer o Lab de crítica. Foram elaborados vários textos, houve debates e principalmente uma mediação entre o que é produzido no campo do audiovisual em Alagoas com o repertório dos alunos. Acho que essa turma foi participativa com bons textos e estou torcendo para que o bichinho do audiovisual mexa com eles.

LL e KL: Quais as dificuldades encontradas por vocês ao longo dos/nos últimos três anos para manutenção das atividades/ações do Cineclube?

TM: O fato de não termos recursos nos faz bancar as demandas do próprio bolso. E embora tenhamos parcerias, muitas vezes tínhamos ideias que não poderiam ser concretizadas. A nossa divulgação é sempre virtual. Algumas vezes nos deparamos com datas ruins – em meio a um feriado, por exemplo. Outra dificuldade é em relação à mídia dos filmes. Nós sempre testamos antes, mas já aconteceu de o filme estar com imagem, áudio e legendas não sincronizadas. E às vezes temos dificuldades com o espaço de debate. Já usamos o próprio cinema, mas com tempo determinado, o teatro, o corredor, o hall…

Outra questão, mas mais pessoal, é o constante afastamento de alguns membros para demandas pessoais, o que é perfeitamente normal, mas que, como somos poucos, acaba pesando.

RM: Já tivemos problemas técnicos, no sentido de ter filme vazando a tela do cinema. O debate ser corrido porque a gente tinha que desocupar a sala para a próxima sessão. Já fizemos debate nos corredores, mas encontramos o nosso lugar no hall do Arte. (rsrsrs) A falta de um HD na época gerava problemas de armazenamento e na qualidade das exibições. Além de ter mais cuidado com as datas de exibições… Como as sessões no meio do pré-carnaval de Maceió. Foram sessões difíceis que a gente foi aprendendo. Fazer cineclube é fazer cinema de guerrilha também. A gente não tinha equipamento para organizar outras atividades fora do Arte Pajuçara. E por isso estamos trabalhando nisso, para melhorar a parte técnica.

LL: Como foi o processo de elaboração do projeto, para manutenção do Mirante Cineclube, para o Edital do Audiovisual de Maceió 2019? 

TM: Houve uma reunião, estabeleceram-se as linhas gerais, quem faria qual parte, o que deveria constar, e depois foi feita uma revisão final para alinhar as ideias. Por sermos um grupo bem plural, não é difícil dividir essas tarefas.

BV: Foi um grande desafio, pois também estávamos muito envolvidos com nossos projetos pessoais, mas mesmo assim conseguimos elaborar um projeto que abarcasse nossas principais demandas.

LL e KL: Quais as expectativas para 2020 e o que vocês podem adiantar sobre as ações planejadas para esse ano?

TM: Com a aprovação no edital, vamos ter a oportunidade de expandir nossas ações para fora do Arte Pajuçara, mas manteremos e ampliaremos nossa presença naquele espaço por entender sua importância no cenário audiovisual alagoano, além de garantir qualidade nas exibições. Pretendemos promover sessões especiais, inclusive em nosso aniversário de três anos. Também temos outros projetos aguardando algum aval para seguirmos com outras iniciativas. Vamos manter o que vem dando certo, como a Mostra Quilombo de Cinema Negro e a Sessão Queer.

RM: Nossa! Além de comprar os equipamentos, podemos continuar com as nossas ações e coisas novas também estão por vir. Estamos empolgados! De antemão, vamos produzir a segunda edição da Sessão Queer e da Mostra Quilombo de Cinema Negro; sessões fora do Arte Pajuçara e o aniversário de 3 anos do Mirante Cineclube. Todo mundo conectado no Instagram e no Facebook porque a gente tá voltando.

BV: estamos bastante empolgados, pois vamos começar 2020 com nosso kit projeção (graças a aprovação no último edital do audiovisual da FMAC) e vamos conseguir, finalmente, realizar nossas sessões especiais fora da sala escura. Torço para que essas ações possam democratizar ainda mais nossas atividades e permitam que as produções nacionais e locais sejam difundidas por toda Maceió.

Membros do Mirante durante homenagem a Marcus Sampaio na 10ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano. Foto: Vanessa Mota.

Deixe aqui a minibio de cada um dos integrantes do Mirante Cineclube.

Beatriz Souza Vilela 

Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia, Mestra em Sociologia e Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Alagoas. Atualmente integra o Mirante Cineclube e o Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano. Em 2019 participou da oficina de formação audiovisual do projeto Criar TV, realizado pela Secretaria de Cultura do governo do Distrito Federal, em parceria com o Instituto Soubras e a Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília e colaborou como Assistente de Produção e na curadoria do Programa Lugar de Cinema, exibido na TV Educativa.Em 2018 participou do DocLab – Laboratório de Documentário, produzido pelo Sesc Alagoas. Em 2017 participou da curadoria da VIII Mostra Sururu de Cinema Alagoano.

Chico Torres

Graduado e mestre em filosofia, compositor, músico e crítico de cinema. Está lotado como professor substituto do Instituto Federal de Alagoas, Campus Arapiraca. Possui mestrado em filosofia pela UFS, onde desenvolveu o tema: Walter Benjamin, Cinema e Filosofia da História. Fez parte da formação do Mirante Cineclube, do qual é membro. Escreve críticas para a revista eletrônica de cinema Multiplot. Atua como compositor e músico desde 2008, participando de festivais, shows e eventos locais e nacionais.

Cleber Pereira

Formado em Publicidade e Propaganda, pelo CEFET-AL, hoje Instituto Federal de Alagoas (IFAL). Cursa Jornalismo, pela Universidade Federal de Alagoas. Atualmente, integra a comissão organizadora do bloco de carnaval No Escurinho É Mais Gostoso, onde, além do desfile, já produziu shows e intervenções culturais. Também é membro do Mirante Cineclube desde a sua fundação, em 2017.

Fabio Cassiano

Bacharel em História pela Universidade Federal de Alagoas, graduando em Design de Interiores pelo Instituto Federal de Alagoas. Em 2015 compôs a equipe do filme Monstro Que Nada, produzido pelo Ateliê Sesc de Cinema. Integrou as produções dos filmes: Com-Posição (2016), Filme do Filme (2016), Roupa Qualquer (2016) e Onde Você Mora? (2017). Fez o som direto do filme Delas (2017) e a assistência de produção do curta-metragem Entrerio (2017). É membro do Mirante Cineclube desde 2017.

Janderson Felipe

Graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Participou do Ateliê Sesc de Cinema em 2014, quando dirigiu Três Mercados (2014). Em seguida, fez operação de câmera no curta-metragem Não Olhe, Veja Bem (2014), de José Soares. Em 2016 dirigiu Sangue-Mulher (2016), foi assistente de produção do curta-metragem Onde Você Mora?, de direção coletiva, e em 2018 foi assistente de som do curta-metragem Ilhas de Calor (2019), de Ulisses Arthur. Fez a cobertura das duas últimas edições do Circuito Penedo de Cinema e Mostra Sururu de Cinema Alagoano. Foi instrutor de montagem do DocLab Sesc 2018. É membro fundador do Mirante Cineclube, atua no FSAL (Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano) e é associado da Apan (Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro).

Leonardo A. Amorim

Graduando em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. Realizou dois curtas-metragens de forma independente como diretor, roteirista, montador e produtor: Porno (2016) e A Noite Estava Fria (2017), selecionados para a Mostra Sururu de Cinema Alagoano, e o segundo recebendo menção honrosa pela direção na VIII edição da Mostra, além de ser selecionado para mostras nacionais e internacionais. Foi diretor de fotografia do curta-metragem Coração Sem Freio (2018), que recebeu menção honrosa na 9ª edição da Mostra Sururu. Participou do DocLab Sesc 2018 e de cursos e oficinas com os críticos de cinema Pablo Villaça, Arthur Tuoto e Fernando Mendonça. Realizou a curadoria da Sessão Queer – Mostra Que Desejo do Mirante Cineclube. Escreveu críticas e realizou coberturas de festivais como o 51º Festival de Cinema de Brasília para o site Alagoar. Integrante do Mirante Cineclube e do Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano.

Lucas Litrento

Como o Sobrevivendo no Inferno, nasceu em 97. Graduando em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). É um dos organizadores do Mirante Cineclube, um grupo cineclubista ativo há quase 3 anos com sessões mensais em Maceió. Em 2018, organizou a primeira Sessão Quilombo de Cinema Negro, pelo Mirante, com exibição de curtas-metragens de realizadores negros no dia 20 de novembro. Também é um dos fundadores do Pernoite, coletivo artístico de produção e crítica literária, realizado em parceria com o Sesc Alagoas. Em 2018, foi um dos curadores da IX Mostra Sururu de Cinema Alagoano. Foi assistente de produção no curta Imaginação em redes: Os pontos de cultura nas escolas públicas de Maceió (2019). O volume de poesias Os meninos iam pretos porque iam (Graciliano, no prelo) é seu primeiro livro. Escreve sobre cinema no site Alagoar e integra o Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano (FSAL).

Maysa Reis

Mestranda em Cinema e Narrativas do Contemporâneo no Programa de Pós- Graduação Interdisciplinar em Cinema da Universidade Federal de Sergipe, onde pesquisa a realização feminina no cinema do Nordeste do Brasil. Formada em Comunicação Social com habilitações em Relações Públicas e Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas. Realizadora audiovisual na direção, roteiro e continuidade. Já realizou dez curtas-metragens, sendo diretora e roteirista em Menina (2013), em parceria com Amanda Duarte, e Feirinha (2019). É integrante do Mirante Cineclube e do Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano.

Roseane Monteiro 

Graduada e mestra em História pela Ufal. Teve um contato inicial com audiovisual quando fez a pesquisa de mestrado sobre os filmes do cineasta alagoano Celso Brandão. A partir dessa pesquisa, fez alguns cursos na área do audiovisual que geram filmes dirigidos coletivamente: Bumba Meu Jaraguá (2015), Com-Posição (2016), Filme do Filme (2016), Roupa Qualquer (2016) e Onde Você Mora? (2017). Tem interesse pela direção e produção de filmes. E exerceu as atividades: assistência de direção no filme Delas (2017), assistente de produção em Entrerio (2017) e Essas Coisas de Cinema (2018). Em 2018 fez o som direto do documentário Feirinha (2019) e compôs a curadoria da IX Mostra Sururu de Cinema Alagoano e da I Mostra Quilombo de Cinema Negro. Atualmente faz documentários, pesquisa sobre a relação cinema-história, leciona e integra o Mirante Cineclube desde 2017.

Tatiana Magalhães

Doutora em letras e linguística, na linha de análise do discurso, professora universitária e revisora. Formada em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, possui mestrado em Educação Brasileira. Foi membro do cineclube Antes Arte do que Tarde, criado em 2002, em Maceió. Participou da rearticulação do movimento cineclubista nacional e representou Alagoas na Jornada Nacional de Cineclubes, em 2003. Já atuou como jornalista em assessorias de comunicação e no projeto Overmundo, coordenado por Hermano Vianna e patrocinado pela Petrobrás, onde escreveu reportagens e dicas sobre a cultura alagoana. Publicou contos e crônicas em livros coletivos, lançados de forma independente. Participou da oficina de crítica de cinema promovida pelo Sesc Alagoas em 2016. Integra o Mirante Cineclube desde sua fundação, em 2017.

Thame Ferreira

Bióloga, cantora e atriz. É formada em Ciências Biológicas e Técnica em Arte Dramática, pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Cursou 2 anos de disciplinas no curso de Bacharelado Interdisciplinar em Artes da UFBA. Em 2018, participou da montagem de Maria e escreveu e dirigiu seu show Sindrômica, contemplado pelo edital Quintas no Arena. Atualmente, é integrante do Mirante Cineclube e do Fórum Setorial do Audiovisual Alagoano (FSAL).

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