Crítica: IMPEDIMENTO (dir. Renata Baracho)

Texto: Emanuella Lima. Revisão: Larissa Lisboa

No ano em que a alagoana Marta da Silva, vencedora de inúmeros títulos mundiais e consagrada como a Rainha do Futebol, jogou sua última Copa do Mundo pela seleção brasileira, o filme IMPEDIMENTO, dirigido por Renata Baracho, emerge como uma expressão do amor feminino pelo futebol.

O curta exibido na 14ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano apresenta mulheres como Charlene Araújo e Amanda Balbino, que descobriram e aprenderam a amar o futebol em sua própria força, encontrando nele não apenas uma paixão, mas também um sentimento de pertencimento.

Embora o filme não aborde diretamente a história de Marta da Silva, ele celebra e consagra a rainha como aquela que nasceu em Alagoas e que, entre tantas outras, ergueu-se para se tornar a rainha do futebol brasileiro. Ao assistirmos IMPEDIMENTO, sentimo-nos acolhidos por essa temática que transcende os campos e fala sobre a importância de pertencer a algo maior.

É dentro do campo, nos vestiários e no estádio, que o filme se constrói. Enquanto vemos as mulheres jogando, uma história se desenrola em nossas mentes, desde o momento em que percebemos que o futebol não era considerado coisa de mulher, que as mulheres não podiam ocupar os estádios, assistir aos jogos ou sequer serem vistas jogando futebol. Agora, através de uma nova perspectiva, impulsionada pelo amor ao esporte, as mulheres começam a ocupar lugares que antes não lhes pertenciam. E o filme consegue alcançar todas elas: as que torcem, jogam, narram, estão à beira do campo fotografando, gritam das arquibancadas e vivem intensamente cada momento apaixonante do futebol.

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